(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Especialistas alertam para risco do uso de fogos de artifícios


postado em 15/06/2011 20:30

Para reduzir o número de acidentes com fogos de artifício em todo o país, que aumentam na época das festas juninas, o Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira um comunicado alertando à população para os riscos no manuseio do artefato. De acordo com o ministério, de 1º de janeiro de 2008 a 1º de abril deste ano, 1.382 pessoas foram atendidas em hospitais de todo o país, vítimas de queimaduras com fogos de artifício. Só em Minas Gerais foram 165 hospitalizações, perdendo apenas para São Paulo (289) e Bahia (296).

A queimadura é o tipo de acidente mais comum, porém, os foguetes também podem causar lesões com cortes, amputações de membros, lesões na córnea, perda de visão e lesões auditivas. De maio a julho de 2010, período das festas juninas em algumas regiões do Brasil, foram registrados 168 atendimentos no país, número bem acima da média nacional de 100 atendimentos por ano neste período. Em Minas, foram 19 ocorrências nesse período, o que equivale a cerca de um terço dos 59 atendimentos no estado durante o ano. Ainda de acordo com o ministério, os fogos de artifício levaram 122 pessoas à morte de 1996 a 2009 no país, sendo 11 óbitos em Minas Gerais.

Referência no estado no atendimento a queimados, o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), registrou no ano passado 54 atendimentos a vítimas de acidentes com foguetes, sendo que 39% dos pacientes eram homens de 20 a 39 anos. Até maio deste ano, esse número já chegou a 30 hospitalizações.

De acordo com o chefe do Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados do HPS, Carlos Eduardo Leão, o cenário é preocupante. “Ainda não terminou o período de festas juninas e o número de pacientes já passou da metade do ano passado. Infelizmente, as pessoas não têm noção do perigo causado pelo incorreto manuseio dos fogos. Quanto mais potente for o rojão, maior é a gravidade do acidente. As lesões podem ser queimaduras leves, mas também pode chegar a um membro arrancado ou queimaduras graves”, afirma o médico.

De acordo com a Fhemig o número de atendimentos a queimados por motivos diversos aumenta 15% nessa época do ano, enquanto o número de internações em virtude das queimaduras cresce 8% na mesma época.

Cuidados

De acordo com o capitão Thiago Miranda, do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, as pessoas seguir as instruções das embalagens dos fogos para evitar acidentes. “Se todas as regras forem seguidas, é muito difícil ocorrer acidentes. O que ocorre é que as pessoas costumam brincar com fogos, chegando muito perto ou não se preocupando em seguir o que está escrito na embalagem”, afirma o capitão. Outro problema, de acordo com o militar, é o uso de bebidas alcoólicas antes de manusear o artefato. “Algumas pessoas acabam ficando embriagadas e não têm preocupação para soltar os fogos caseiros. O resultado são os acidentes”, completa.

No início do mês, em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Queimadura, a Fhemig lançou uma campanha para alertar sobre os riscos de acidentes. De acordo com a fundação, de janeiro a maio, o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII registrou 1.052 hospitalizações referentes a queimaduras causadas por motivos gerais, superando os 920 atendimentos do mesmo período em 2010.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)