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Estado de Minas

Goleiro Bruno vai se mudar para o Rio de Janeiro

O golerio vai apresentar como residência fixa um endereço na capital carioca, onde a esposa Ingrid Calheiros mora atualmente


postado em 01/03/2017 18:35 / atualizado em 01/03/2017 18:43

Bruno deixou a cadeia na última sexta-feira e passou o carnaval em um sítio(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Bruno deixou a cadeia na última sexta-feira e passou o carnaval em um sítio (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O goleiro Bruno Fernandes das Dores, de 32 anos, seguirá nesta sexta-feira para o Rio de Janeiro, o local que indicará à Justiça como sua residência fixa. A informação foi revelada ao Estado de Minas pelo advogado do atleta, Lúcio Adolfo. Ele também revelou que seu cliente se apresentará no Fórum de Santa Luzia na tarde desta quinta-feira para fazer o comunicado do seu endereço, em cumprimento à medida cautelar prevista na decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, que garantiu sua soltura. A medida foi concedida na sexta-feira passada. O jogador estava preso na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Santa Luzia.


Bruno estava preso desde julho de 2010 pela morte de sua ex-amante Eliza Samúdio. Em 8 de março de 2013, ele foi condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Contagem a 22 anos e três meses de reclusão, por homicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de asfixia e com recurso que dificultou a defesa da vítima, sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver.


De acordo com o que determina a medida cautelar, após a deixar a prisão, Bruno deverá permanecer na residência indicada à Justiça, atender aos chamamentos judiciais, informar eventual transferência e "adotar a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade". Essas ordens devem ser acatadas até o julgamento de um habeas corpus interposto em 2010 e que não foi julgado até o momento.

O goleiro passou o carnaval em um sítio na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em companhia da mulher, a dentista Ingrid Calheiros. Segundo o advogado Lúcio Adolfo, o atleta aproveitou o recesso para descansar e receber a visita de familiares, entre os quais, a avó, Estela Souza, que o criou.


O local de residência do ex-goleiro do Atlético Mineiro e do Flamengo deverá ser o Recreio dos Bandeirantes, onde mora e trabalha a mulher, Ingrid. Mas, o advogado Lúcio Adolfo não quis falar nada a respeito. “Esta é uma informação que não posso falar para ninguém”, alegou o defensor. Bruno conheceu Ingrid em 2008. Em junho de 2014, com a transferência dele para a Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, no Norte de Minas, Ingrid chegou a alugar um apartamento em Montes Claros. Em novembro de 2014, ele foi transferido para Contagem. Eles se casaram no ano passado.


Interesse de clubes e disputa


Nesta quarta-feira, o advogado Lúcio Adolfo voltou a dizer que, após a decisão da Justiça que garantiu a liberdade a Bruno, várias equipes manifestaram interesse em contratar o goleiro. “Já nos procuraram interessados no Bruno três clubes da Região Metropolitana de Belo Horizonte, três do Rio de Janeiro, dois de São Paulo e um clube de Brasília”, afirmou o defensor, acrescentando as propostas ainda “serão analisadas”.


O advogado alegou que o Montes Claros Futebol Clube, com o qual Bruno assinou contrato ainda dentro da prisão, em 28 de fevereiro de 2014, descumpriu normas contratuais e não fez nenhum pagamento ao goleiro até hoje. Por esse motivo, considera que o contrato não tem mais validade. “O Montes Claros não cumpriu as cláusulas contratuais. Não pagou nenhum salário ao Bruno. Não pagou nenhuma taxa e sequer o envio de uma correspondência”, disse Adolfo, lembrando que existe cláusula no contrato que estabelece que, quando uma das partes não cumpre suas obrigações, o acordo é rompido e torna-se nulo.


Ouvido no fim da tarde desta quarta-feira, o presidente do Montes Claros, o empresário Vile Mocellin, afirmou que o contrato continua valendo, o que consta no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Também disse que está consciente de que os advogados ou empresário do Bruno podem alegar descumprimento de cláusulas do contrato para a liberação a fim de que ele possa jogar em outro time. “Para isso, eles terão que entrar na Justiça para que ele tenha passe livre”, disse Mocellin. No contrato existe uma cláusula que prevê multa de R$ 2,86 milhão em caso de rescisão.


Por outro lado, o dirigente do Montes Claros afirmou que “não quer briga, nem polêmica” com Bruno e seu advogado. “O que a gente quer é só a consideração com o Montes Claros, que abriu as portas para o Bruno. A gente não quer brigar, nem polêmica. Não queremos bater boca com advogado não. Ao invés de ficar conversando, esse advogado deveria dar pelo menos um telefonema para a gente”, declarou Mocellin. “O Montes Claros não está interessado em dinheiro. A nossa intenção era ajudar o Bruno”, reiterou.

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