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Estado de Minas

Acusação já admite acordo para confissão de Bruno

Promotoria diz que Bruno pode ter pena reduzida para 16 anos caso aceite assumir crime. Volta aos gramados poderia acontecer em 2016


postado em 04/03/2013 15:09 / atualizado em 04/03/2013 15:34

A acusação estuda propor um acordo para o goleiro Bruno Fernandes contar tudo o que sabe sobre o sumiço e morte de Eliza Samúdio. Caso isso aconteça, o réu teria a pena diminuída. A estratégia já havia dado certo no primeiro julgamento do caso, quando Luiz Henrique Romão, o Macarrão, abriu o jogo e colocou toda a culpa do crime no amigo. Por causa da confissão, mesmo que parcial, conforme análise do Ministério Público, ele teve a pena reduzida de 15 para 12 anos de prisão.

Para o advogado José Arteiro, assistente de acusação do caso, se o goleiro aceitar o acordo, ele poderá estar de volta aos gramados até 2016. “Com certeza se ele confessar estou apto e à disposição para melhorar a pena para ele voltar a jogar futebol daqui a dois, três anos. Agora, se mantiver a posição de querer empurrar a culpa para o Macarrão, pode ter certeza que vou fazer o contrato dele de 30 a 40 anos lá na Penitenciária Nelson Hungria”, afirma o defensor.

Durante a manhã, Bruno entrou no Fórum Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH, e permaneceu quieto. Com uma bíblia nas mãos, chegou a chorar. Para Arteiro, o ex-atleta está sendo orientado pela defesa. “ É pura estratégia dele, porque antes estava chegando rindo, levantava a cabeça como um guerreiro. Ele achava que estava com tudo, mas agora recebeu nova orientação dos advogados para baixar a bola dele”, comenta.

Julgamento

Arteiro diz que a decisão da defesa do Bruno de dispensar todas as testemunhas arroladas não vai atrapalhar na decisão dos jurados. O assistente de acusação afirmou que a promotoria também não precisaria ouvi-las. “Ouvir testemunhas em plenário é muito perigoso, eu nunca gostei disso, mas o promotor quer. Então seja feita a vontade dele”, afirmou.

Depois do intervalo, a juíza Marixa Fabiane Lopes, que preside o julgamento, começou a ouvir a primeira testemunha de acusação. Trata-se da delegada Ana Maria Santos, que comandou a fase inicial do inquérito da polícia sobre o desaparecimento e morte de Eliza.

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