Grandes shows e festivais são aliados permanentes da hotelaria -  (crédito: Uai Turismo)

Grandes shows e festivais são aliados permanentes da hotelaria

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Grandes shows e festivais são aliados permanentes da hotelaria (Público que aguardava ao show de encerramento do “The Celebration Tour” da Madonnan no Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil))

Os grandes shows realizados no Brasil, em especial as turnês do ex-Beatle Paul McCartney, da cantora sensação pop Taylor Swift além de inúmeros outros shows e festivais de música do calendário como o Lollapalooza, Rock In Rio e notadamente agora o show da Madonna que encerrou no Rio a temporada mundial “The Celebration Tour” após 81 apresentações ao redor do planeta, contribuíram para a recuperação do setor de serviços após períodos difíceis que vivemos nos recentes anos anteriores.

O objetivo essencial do hoteleiro é promover a excelência na prestação de serviços e assim contribuir para o crescimento sustentável do turismo. Nesse contexto, os preparativos para receber o público que se desloca para presenciar esses grandes eventos exerce um papel fundamental no aprimoramento profissional de todos que estão envolvidos na operação.

A missão de quem recebe

Para quem trabalha no setor de hotelaria a missão de receber e cuidar, não só dos próprios artistas e suas equipes bem como os numerosos grupos de turistas compostos por admiradores e fãs das mais variadas origens, são experiências marcantes.

Ao contrário de disputas esportivas onde há competidores e torcedores rivais, o que exige atenção especial no planejamento, quando falamos de shows a convergência é única em torno das atrações do evento. O ambiente como um todo “respira” o acontecimento, a energia necessária para surpreender positivamente os hóspedes que estão em vias de celebrar momentos inesquecíveis contagia as equipes de trabalho. Quando tudo acaba, apesar do cansaço e do trabalho a ser realizado para reorganizar a casa, ficam as boas lembranças daqueles dias intensos.   

Efeito Madonna

Há poucos dias, o turbilhão Madonna e sua “entourage” de 200 pessoas que ocuparam 90 suítes e apartamentos do símbolo maior da hotelaria brasileira – o Copacabana Palace, provocou uma grande movimentação, desde o anúncio da confirmação do show no início de março, em todos os segmentos do turismo no Brasil e até nos países vizinhos.

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Empresas aéreas remanejaram aeronaves e redimensionaram a malha, o que resultou em 170 voos extras chegando ao Aeroporto Tom Jobim (Galeão). Igualmente, empresas de transporte rodoviário apontam 30% de incremento nos números de passageiros com destino ao Rio. E ainda, receptivos, motoristas de aplicativos, locações de apartamentos “short time rentals”, aluguéis de equipamentos entre inúmeras outras atividades somadas, que juntas, injetaram cerca de R$ 300 milhões na economia carioca durante toda semana do megashow para um público de 1,6 milhões de pessoas.

Shows são aliados da hotelaria e de todo o setor do turismo

Segundo o presidente da HotéisRio Alfredo Lopes, toda oferta hoteleira de Copacabana e bairros adjacentes atingiram ocupação próxima do total (95,6%), expandindo a seguir o perímetro para outras regiões da cidade. As diárias-médias elevadas do período transformaram a ocasião, como já havia acontecido com Taylor Swift em sua “The Eras Tour” no fim do ano passado, em mais um “Reveillón fora de época” em um período (final de abril até junho) no qual a rede hoteleira do Rio de Janeiro vive a chamada baixa temporada.

Rodrigo Lobo, responsável pelas pesquisas de demandas turísticas do IBGE, destaca que shows movimentam significativamente a economia e trazem reflexos na hotelaria, venda de passagens aéreas e transporte de pessoas, gerando muitos empregos temporários e aquecendo de maneira invisível a economia informal. A avaliação dos economistas é que o retorno do comportamento otimista no setor de serviços surpreendeu positivamente através destes eventos.

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Essa não foi a primeira vez que resultados gerados pela realização de shows de grande visibilidade foram mencionados em pesquisas econômicas. Igor Tokuichi Cadilhac, economista do PicPay, também citou em sua análise que os shows musicais foram fatores que, embora pontuais, potencializaram os impactos também nos serviços de promoção e comunicação institucionais.

“Grandes shows promovem a visibilidade do destino e aumentam significativamente a autoestima e a energização de todos os envolvidos”

Maarten Van Sluys (Consultor Estratégico em Hotelaria – MVS Consultoria)

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