Museu das Reduções, o novo equipamento cultural de Belo Horizonte                                      -  (crédito: Uai Turismo)

Museu das Reduções, o novo equipamento cultural de Belo Horizonte                                     

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Museu das Reduções, o novo equipamento cultural de Belo Horizonte                                     
Museu das Reduções, o novo equipamento cultural de Belo Horizonte                                      (Foto: Acervo Museu das Reduções)

Minas Gerais, é mesmo um destino privilegiado no cenário turístico do Brasil. O povo mineiro, ao longo de sua trajetória social e econômica, desenhou uma caminhada histórica muito rica, recheada de beleza, romantismo, sabores, aromas, crenças, formas e tudo isso com muita coragem e ousadia.

Dentre tantas manifestações sociais importantes com as quais a história de Minas Gerais foi desenhada, para além dos movimentos políticos, separatistas, como a inconfidência mineira por exemplo e que teve grande influência no cenário político e econômico brasileiro, hoje vamos nos reportar ao contexto arquitetônico que se mantêm preservado até os dias atuais nas tradicionais cidades históricas do estado, no rol dos grandes atrativos culturais e turísticos que provocam um grande fluxo de visitantes o ano inteiro nestes territórios.

É por este viés que percebemos como a arquitetura marca épocas, registra e imprime personalidades e, neste caso e cada um a seu tempo, o Mestre Aleijadinho e Oscar Niemeyer não me deixam mentir!

Nosso tema de hoje, reflete um pouco sobre isso, sobre como as formas da arquitetura no Brasil, com suas influências europeias, contemporâneas e demais, nos mostram com rara beleza, como foram os movimentos e sistemas construtivos ao longo dos tempos.

Nosso recorte vai para o inédito Museu das Reduções!

Origem do Museu das Reduções

Essa proposta de resgatar cenários especiais da história brasileira, nasce por força do sonho dos irmãos Ênnio, Décio, Evangelina e Sylvia Alves de Vilhena, que, após se aposentarem, iniciaram, na segunda metade da década de 70, a reprodução de grandes monumentos arquitetônicos brasileiros em miniatura.

Foto: Acervo Museu das Reduções

Verdadeiras obras de arte, que se tornaram um acervo familiar, capaz de ilustrar um equipamento cultural, que em forma de Museu, conseguiria educar cumprindo os objetivos da preservação da memória arquitetônica do Brasil e o fomento ao turismo doméstico.

Como bons mineiros e com a dedicação necessária dos irmãos Vilhena, em 26 de março de 1994, era inaugurado no distrito de Amarantina, município de Ouro Preto em Minas Gerais, o Museu das Reduções.

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Lembro bem desse dia e sim, eu estava lá! Uma tardezinha de sábado, com um clima agradável, ao lado de autoridades locais, moradores e convidados ilustres, os Irmãos Vilhena entregaram este magnífico equipamento, que permaneceu por ali por 26 anos.

Para enriquecer ainda mais esta passagem, vale dizer, que foi naquela tarde de inauguração que conheci pessoalmente os Irmãos Vilhena, Ênnio, Décio, Evangelina e Sylvia.

Quem eram os irmãos Vilhena

Figuras cultas, carinhosas, cidadãos bem formados e visivelmente interessados em cultivar na comunidade de Amarantina, onde estavam inseridos, a preocupação sobre a importância do reconhecimento ao valor da trajetória histórica de nossos antepassados, sobre a necessidade de preservarmos imagens, monumentos, memórias, sistemas construtivos e ainda com a possibilidade de geração de trabalho e renda, para além dos conhecimentos gerados nas oficinas escola, que eram trabalhadas por ali.

Dos quatro irmãos, todos muito solícitos, para minha sorte, caí nas graças de D. Evangelina, que por muitos anos sempre me dedicou um afeto especial, percebido pela acolhida sempre carinhosa, pelas palavras de incentivo ao trabalho de gestão que naquele momento eu desenvolvia no município vizinho, marcando presença nas atividades para as quais era convidada. E o melhor, com sua doçura e seu jeito especial de viver a vida, me ensinava o quanto era importante gerar impactos positivos na vida das pessoas.

Foto: Acervo Museu das Reduções

Segundo Carlos Alberto Vilhena, diretor do Museu e filho de Ênnio, um dos fundadores: “Um dos objetivos principais é a preservação da memória arquitetônica nacional, por meio da reprodução, em escala reduzida, de monumentos arquitetônicos tombados pelo Iphan, em todo o Brasil. As réplicas foram produzidas com os mesmos materiais usados nas edificações originais, e é isso que diferencia o Museu das Reduções dos parques temáticos que existem no mundo todo. Nosso Museu é o único no mundo que utiliza o mesmo material: a telha feita de barro, as grades de metal, as paredes de alvenaria. Enfim, é uma construção de verdade, só que em tamanho menor que o original”.

O nobre propósito do Museu das Reduções

O Museu das Reduções, durante todos estes anos, nunca perdeu a sua vocação para educar. Quando os Irmãos Vilhena idealizaram o Museu das Reduções, fizeram valer o seu propósito de preservar a memória arquitetônica do Brasil e por muito tempo conseguir gerar um fluxo significativo de grupos de turistas, que ali chegavam em busca de conhecimento e também para se maravilhar com tanta perfeição demonstradas nas miniaturas em exposição.

Com o passar dos anos, o Museu das Reduções viu nascer naturalmente, por meio da riqueza de seu acervo, uma vocação pedagógica, notadamente nos campos da história, da geografia, da ciências, das artes e da matemática, tudo isso associado ao conteúdo da Educação Patrimonial.

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A partir daí, vários projetos foram desenvolvidos e executados, todos amplamente reconhecidos e de grande êxito. Desde o primeiro programa educativo/cultural, em 2006, até os projetos mais recentes, que já geraram oportunidade para mais de 30.000 alunos de escolas públicas serem beneficiados com a visita.

Foto: Acervo Museu das Reduções

Antenados às nuances do mercado cultural, os diretores do Museu das Reduções, enfrentando as naturais dificuldades financeiras com a oscilação do número de visitantes, buscou parcerias com empresas da região e atenderam mais de 3.000 alunos, entre setembro e novembro de 2023. Em 2024, com o alcance de um novo parceiro comercial, o planejamento é beneficiar mais 12.000 estudantes. Isto é um feito fabuloso!

Os projetos desenvolvidos já receberam alunos de Barão de Cocais, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Itabirito, Nova Lima, Mariana, Ouro Preto, Ouro Branco, Ponte Nova e Santa Bárbara, que certamente não esquecerão tão cedo a emoção de conhecer algumas joias da arquitetura brasileira com um formato tão atraente e com obras cuidadosamente finalizadas.

Belo Horizonte, nova sede

Mas a expectativa era chegar ainda mais perto do grande público. Por isso agora, com maior facilidade de acesso e atendimento, o público da capital mineira, Belo Horizonte, bem como toda a região metropolitana, tem acesso facilitado à nova sede do Museu das Reduções.

Em Belo Horizonte, o Museu foi instalado no Mercado de Origem Olhos D’água, como fruto do surgimento intempestivo de uma oportunidade inesperada, porém extremamente auspiciosa, que acabou proporcionando a parceria entre os dirigentes do Museu e do projeto Circuito de Mercados de Origem.

Tudo isso se deu, após uma visita do presidente da Fundação Doimo, Elias Tergilene, a Ouro Preto. “O museu é fantástico e precisa ser visto por um público muito superior”, dizia Elias.

A partir daí, diante do grande potencial vislumbrado, aproveitando a oportunidade surgida de trazer toda a estrutura para um local mais próximo dos visitantes, a administração do Museu não se furtou a facilitar o acesso às obras deste acervo.

O processo de transferência do acervo iniciou-se em novembro de 2022. Foram oito meses de trabalhos intensos para que as peças pudessem ser completamente recuperadas.

Além do trabalho de restauração das peças, o espaço foi completamente adaptado por meio de um projeto da arquiteta mineira Jô Vasconcelos, que convidou o artista belo-horizontino Drin Cortes, para ilustrar o ambiente, com pinturas alusivas ao período das réplicas do Museu.

Um novo momento para o Museu das Reduções e para BH

Assim, desde setembro de 2023, o Museu das Reduções retomou definitivamente os seus trabalhos educativos/culturais na capital mineira! 

Sem dúvidas, é um novo momento para o Museu das Reduções e para Belo Horizonte!

Estamos muito gratos e animados com essa oportunidade. Acreditamos que o museu se encaixa como uma luva no segmento cultural do Mercado de Origem. O objetivo do Mercado é fantástico, teremos um enorme público em potencial. São possibilidades que nos deixam muito animados, além, é claro, da retomada de nossos projetos culturais.”, confirma o diretor Carlos Vilhena.

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Com a mudança para a capital e uma nova estrutura pensada especialmente para valorizar as obras e recepcionar os visitantes de maneira confortável, a expectativa é que o Museu das Reduções possa, agora, desenvolver novos projetos e se consolidar ainda mais no cenário cultural de Minas Gerais e do Brasil. Como entusiastas da cultura, é para isso que torcemos!

É um sossego, quando os agentes privados se preocupam e se dedicam a fomentar experiências culturais e turísticas, pois para a atividade turística, isto é fundamental. E este fomento é um dos objetivos do Circuito de Mercados de Origem, consolidando um corredor cultural, onde diferentes regiões, tradições e conhecimentos se encontram para celebrar o sabor, a cultura e as histórias de Minas, do Brasil e do mundo.

Imagino o orgulho do Mercado de Origem em poder contar com mais uma parceria cultural de peso como o Museu das Reduções.

Lá o público poderá conhecer 29 obras, réplicas perfeitas de edificações históricas localizadas em 24 municípios de 15 estados brasileiros, todas feitas com os mesmos materiais das edificações originais, resultando em incríveis detalhes, retratando tudo, com fidelidade e riqueza de detalhes.

Conheça o Museu das Reduções

Foto: Acervo Museu das Reduções

Vale a pena conhecer! Quer saber como? Te conto agora!

O Museu das Reduções está instalado no Mercado de Origem, a rua Adriano Chaves e Matos, 447, Olhos D’água, Belo Horizonte.

Facílimo localizar. Uma boa referência é dizer, que o Mercado de Origem, fica em frente a Leroy Merlin e Só Marcas Outlet, na entrada de Belo Horizonte.

O funcionamento é de terça-feira a domingo, das 10h às 17h. O valor do ingresso é R$20,00 -inteira e R$10,00 a meia entrada.

Recomendo muito! Já visitei algumas vezes na época de Amarantina mas já quero ir conhecer as instalações em Belo Horizonte! Convide sua família e venha viajar pelo Brasil, você merece essa experiência!

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