Casos de estupro em via pública, flagrados por câmeras de segurança em diversas cidades de Minas Gerais ao longo dos últimos meses, acendem um alerta urgente sobre a violência sexual no país. A brutalidade dos atos, alguns ocorridos em plena luz do dia, expõe a vulnerabilidade de mulheres e a necessidade de uma resposta coletiva da sociedade.

Os episódios geraram forte comoção e reforçam a importância de conhecer os canais de denúncia e as formas de oferecer amparo a quem sofre esse tipo de agressão. Romper o silêncio é o primeiro e mais crucial passo para combater a impunidade e proteger novas vítimas.

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Como denunciar violência sexual

Existem canais oficiais, gratuitos e sigilosos para denunciar casos de violência sexual, seja como vítima ou testemunha. O apoio pode ser acionado de forma imediata ou para registrar uma ocorrência.

  • Ligue 190: Em situações de emergência, quando o crime está acontecendo ou acabou de ocorrer, a Polícia Militar deve ser chamada imediatamente. A rapidez no acionamento é fundamental para o flagrante e a proteção da vítima.

  • Ligue 180: A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas por dia. O serviço oferece escuta qualificada, orientação sobre os direitos da vítima e a encaminha para os serviços de proteção e apoio psicológico da rede pública.

  • Disque 100: Conhecido como Disque Direitos Humanos, este canal também recebe denúncias de violações, incluindo a violência sexual. As informações são analisadas e encaminhadas aos órgãos competentes.

  • Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs): Para registro presencial de ocorrências, as DEAMs oferecem atendimento especializado e humanizado. Procure a unidade mais próxima para fazer o boletim de ocorrência e receber o acolhimento necessário.

A importância de preservar provas

Caso a vítima decida registrar a ocorrência, a preservação de provas é fundamental para a investigação. Recomenda-se não tomar banho, não trocar de roupa e guardar os objetos utilizados durante a agressão até que o exame de corpo de delito seja realizado. Essas evidências são cruciais para a perícia criminal.

O que fazer para ajudar uma vítima

A forma como amigos, familiares e a sociedade acolhem uma vítima de estupro tem um impacto direto em seu processo de recuperação. Uma abordagem empática e sem julgamentos é essencial.

O primeiro passo é ouvir. Deixe a pessoa falar no seu próprio tempo, sem pressionar por detalhes. Acreditar em seu relato é fundamental para que ela se sinta segura e validada. Evite frases que possam culpá-la, como questionar a roupa que usava ou o local onde estava.

Ofereça ajuda prática, como acompanhá-la a uma delegacia, a um hospital ou na busca por apoio psicológico. Respeite as decisões da vítima, mesmo que você discorde delas. O poder de escolha é um passo importante para que ela retome o controle sobre a própria vida.

A rede de apoio formada por pessoas de confiança desempenha um papel central na superação do trauma. Esse suporte ajuda a reduzir sentimentos de isolamento e vergonha, mostrando que a vítima não está sozinha. É um suporte fundamental no processo de recuperação e na busca por justiça.

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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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