A cada virada de ano, o nome de Baba Vanga volta a circular com força. A vidente búlgara, falecida em 1996, deixou uma série de supostas profecias que despertam curiosidade e debate. No entanto, a busca por prever o futuro e a fama de quem se arrisca a fazê-lo não são fenômenos recentes. Várias figuras ao longo da história ganharam notoriedade por suas visões.
O interesse por previsões atravessa séculos e culturas, alimentando o imaginário popular com a possibilidade de saber o que está por vir. Essa fascinação transforma alguns indivíduos em verdadeiras celebridades, cujas palavras são analisadas e reinterpretadas a cada novo evento global.
Leia Mais
Livro preferido do primeiro Nobel de Literatura russo é lançado em BH
Vencedor do Nobel, László Krasznahorkai ganha mais uma edição no Brasil
Nostradamus: o profeta das centúrias
Talvez o vidente mais famoso de todos seja Michel de Nostredame, mais conhecido como Nostradamus. Médico e astrólogo francês do século 16, ele publicou o livro "As Profecias", uma coleção de 942 quadras poéticas que supostamente preveem eventos futuros. Seus escritos são vagos e abertos a múltiplas interpretações, o que alimenta sua longevidade.
Intérpretes frequentemente associam seus versos a eventos como a Revolução Francesa, a ascensão de Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler, e até mesmo os ataques de 11 de setembro. A ambiguidade de seus textos permite que entusiastas encontrem conexões com praticamente qualquer acontecimento histórico significativo, mantendo seu legado vivo até hoje.
Baba Vanga: a vidente dos Bálcãs
Vangelia Gushterova, a Baba Vanga, é um fenômeno mais recente. Cega desde a infância, ela afirmava ter dons de clarividência. Durante sua vida, tornou-se uma figura cultuada na Bulgária e em partes da antiga União Soviética, sendo procurada por cidadãos comuns e até por líderes de estado.
Suas supostas previsões incluem o desastre de Chernobyl, a morte da princesa Diana e o naufrágio do submarino russo Kursk. Assim como no caso de Nostradamus, suas profecias são frequentemente vagas e foram transmitidas oralmente, o que dificulta a verificação e abre espaço para interpretações que se encaixam em eventos após eles ocorrerem.
As profecias maias e o fim de um ciclo
Outro exemplo que capturou a atenção mundial foi a interpretação do calendário maia. A ideia de que o mundo acabaria em 21 de dezembro de 2012 se espalhou amplamente, gerando filmes, livros e teorias. Na realidade, a data marcava apenas o fim de um ciclo de 5.125 anos no calendário de longa contagem da civilização maia, e não uma previsão apocalíptica.
O episódio mostra como uma interpretação cultural pode transformar um registro histórico em uma profecia global. O fascínio por essas previsões parece estar ligado a uma necessidade humana de encontrar padrões e sentido no caos, especialmente em tempos de incerteza.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
