Destinos turísticos icônicos ao redor do mundo estão implementando medidas drásticas para conter o fluxo excessivo de visitantes. Cidades como Veneza, na Itália, e Barcelona, na Espanha, enfrentam desafios que vão do desgaste de patrimônios históricos à superlotação de serviços públicos, forçando autoridades a buscar um equilíbrio entre a receita do turismo e a qualidade de vida dos moradores locais.
Em Veneza, o problema atingiu um ponto crítico. Para combater as multidões que chegam diariamente, a cidade lançou em 2024 um sistema de taxa de entrada. Turistas que visitam a cidade por apenas um dia, sem pernoite, precisam agora pagar uma taxa e agendar a visita online em datas específicas, recebendo um QR code para apresentar na chegada.
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Barcelona também adota uma linha dura contra o chamado "overtourism". A cidade espanhola congelou a emissão de novas licenças para hotéis na área central e intensificou a fiscalização contra apartamentos de aluguel de curta duração que operam sem permissão. O objetivo é frear a especulação imobiliária e garantir que os bairros continuem acessíveis para os residentes.
A tendência de controle não se limita à Europa. O excesso de turistas tem gerado reações em diversos lugares, cada um com sua própria estratégia para gerenciar a situação e preservar seus recursos naturais e culturais.
Outros destinos com restrições
Amsterdã (Holanda): a cidade proibiu a construção de novos hotéis e busca ativamente reduzir o número de cruzeiros que atracam em seu porto central, além de ter lançado campanhas para desestimular turistas focados apenas em festas.
Ilhas Baleares (Espanha): destinos como Maiorca e Ibiza estabeleceram um teto para o número de leitos turísticos disponíveis, limitando a capacidade de hospedagem para controlar a quantidade de pessoas nas ilhas durante a alta temporada.
Machu Picchu (Peru): o acesso à cidadela inca é rigorosamente controlado. Os visitantes precisam comprar ingressos com horário marcado e seguir circuitos pré-definidos para minimizar o impacto no local, que é Patrimônio Mundial da Unesco.
Butão: o reino no Himalaia adota uma política de "alto valor, baixo impacto". Os turistas devem pagar uma "Taxa de Desenvolvimento Sustentável" diária, uma das mais altas do mundo, garantindo um turismo mais exclusivo e menos predatório.
Essas políticas refletem uma preocupação crescente com a sustentabilidade. As cidades buscam um modelo de turismo que não apenas gere renda, mas que também respeite o meio ambiente, a cultura local e o bem-estar de quem vive nesses lugares o ano inteiro.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
