Seychelles, o arquipélago no Oceano Índico famoso por suas praias de areia branca e águas cristalinas, consolidou sua posição como um líder global na conservação marinha. O país, composto por 115 ilhas, transformou uma vasta porção de suas águas territoriais em áreas protegidas, mostrando como uma pequena nação pode ter um impacto gigantesco na saúde dos oceanos.

A iniciativa protege 410 mil quilômetros quadrados de oceano, uma área equivalente a quase o tamanho da Alemanha. Esta ação ambiciosa, cuja meta foi oficialmente alcançada em março de 2020, foi resultado de um planejamento cuidadoso e de uma inovadora negociação financeira conhecida como “dívida por natureza”.

Facilitado pela organização The Nature Conservancy, o acordo pioneiro foi o primeiro do tipo “dívida por natureza” focado especificamente na conservação marinha. Em troca do alívio financeiro, o governo de Seychelles se comprometeu a investir na proteção de seu ecossistema, criando um modelo que outras nações agora buscam replicar para financiar seus próprios projetos ambientais.

O que são as Áreas Marinhas Protegidas?

As novas áreas foram divididas em duas zonas de proteção para equilibrar a conservação com as necessidades econômicas locais. A primeira zona é de alta proteção, abrangendo aproximadamente metade da área total, e proíbe quase todas as atividades extrativas, como pesca e mineração. Essas áreas funcionam como santuários para a vida marinha, permitindo que espécies se recuperem e ecossistemas se regenerem sem interferência humana.

A segunda zona permite usos sustentáveis, como turismo de baixo impacto e pesca artesanal, garantindo que as comunidades locais continuem a se beneficiar dos recursos oceânicos. Essa abordagem zoneada assegura tanto a proteção da biodiversidade quanto a subsistência da população que depende do mar.

A estratégia vai além da preservação da fauna e flora. Ecossistemas marinhos saudáveis, como recifes de corais e manguezais, são fundamentais para proteger as ilhas da erosão costeira e dos efeitos de eventos climáticos extremos. Além disso, a beleza natural preservada é o principal atrativo para o turismo, o pilar da economia do país.

Ao transformar um desafio financeiro em uma oportunidade para a sustentabilidade, Seychelles não apenas protegeu seu patrimônio natural único, mas também estabeleceu um novo padrão global. O pequeno país insular prova que a proteção ambiental e o desenvolvimento econômico podem, e devem, caminhar juntos.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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