Todos os anos, o mundo do design, da moda e da tecnologia volta seus olhos para um único anúncio: a cor do ano da Pantone. Para 2024, por exemplo, a escolhida foi a "Peach Fuzz" (PANTONE 13-1023), um tom de pêssego suave que logo apareceu em vitrines, passarelas e até mesmo em novos aparelhos eletrônicos. Mas por que uma única empresa tem tanto poder para influenciar o que vemos e compramos?
A resposta está na origem da Pantone. A empresa começou nos anos 1960 como uma gráfica que percebeu um problema comum: a inconsistência das cores. Um tom de azul impresso em Nova York saía diferente de um impresso em Paris. Para resolver isso, a companhia criou o Pantone Matching System (PMS), um guia que padronizou as cores com códigos numéricos, garantindo que qualquer tom fosse replicado com exatidão em qualquer lugar do mundo.
Essa solução transformou a Pantone em uma autoridade global em cores. O programa "Cor do Ano", lançado em 1999 para o ano 2000, foi uma evolução natural dessa influência. A escolha não é aleatória; reflete uma profunda análise de tendências globais.
Como a cor do ano é escolhida?
O processo é cercado de sigilo. Duas vezes por ano, a empresa reúne um grupo secreto de especialistas em cores de vários países. Durante encontros confidenciais, eles analisam tendências no cinema, na arte, na moda, no design e nos principais acontecimentos sociais e econômicos. O objetivo é identificar uma cor que capture o espírito do tempo, ou seja, o sentimento coletivo do momento.
A cor selecionada funciona como uma previsão e, ao mesmo tempo, uma profecia. Ao ser anunciada, ela inspira designers e marcas a incorporá-la em suas novas coleções e produtos. Desde o tom de um batom até a cor de um carro, a escolha da Pantone cria uma linguagem visual unificada que guia o mercado por todo o ano seguinte.
Assim, a "Peach Fuzz" não é apenas uma cor bonita. Segundo a Pantone, ela representa o desejo por união e conexão, um tom que busca nutrir a compaixão e a empatia. Sua presença em produtos de consumo, campanhas publicitárias e decoração de interiores reforça o ciclo de influência que a Pantone construiu ao longo de décadas.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
