Em 60 anos, Singapura passou de uma pequena ilha com poucos recursos naturais a um dos países mais ricos e desenvolvidos do mundo. Essa transformação, muitas vezes chamada de "milagre econômico", não aconteceu por acaso. Foi o resultado de um planejamento estratégico focado em educação, tecnologia e atração de investimentos estrangeiros.
Quando conquistou sua independência da Malásia em 1965, a cidade-Estado enfrentava desafios enormes: tensões sociais, falta de moradia, desemprego e escassez de recursos básicos, como água potável. Sob a liderança de seu primeiro-ministro, Lee Kuan Yew, o governo traçou um plano ambicioso para superar essas adversidades.
A aposta em educação e estabilidade
A primeira grande decisão foi investir maciçamente no capital humano. O sistema educacional foi reformulado para ser bilíngue, com o inglês como língua de trabalho e o ensino da língua materna de cada etnia (mandarim, malaio ou tâmil), facilitando a inserção global. Ao mesmo tempo, o foco em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) preparou uma força de trabalho altamente qualificada.
Paralelamente, Singapura criou um ambiente extremamente favorável aos negócios. Leis rígidas contra a corrupção, impostos baixos para empresas e uma infraestrutura de ponta, como o Porto de Singapura — um dos mais movimentados do mundo — e o premiado Aeroporto Changi, atraíram multinacionais. Essa estabilidade política e segurança jurídica foram cruciais para o crescimento.
De polo industrial a centro de inovação
Inicialmente, a economia se concentrou na manufatura e na logística, aproveitando sua localização estratégica. Com o tempo, o país se reinventou como um polo de inovação e finanças. Hoje, é um dos principais centros financeiros da Ásia e um hub global para startups e empresas de tecnologia.
O resultado é visível na paisagem urbana e nos indicadores sociais. O PIB per capita, que era de cerca de US$ 500 em 1965, hoje ultrapassa os US$ 80.000. O país figura consistentemente nas primeiras posições dos rankings globais de competitividade econômica e qualidade de vida, oferecendo um sistema de saúde e transporte público de excelência.
As contrapartidas do modelo
Este desenvolvimento acelerado também teve suas contrapartidas. O custo de vida em Singapura se mantém entre os mais altos do mundo, a alta densidade populacional impõe desafios urbanos e o modelo de governo é conhecido por ser centralizado, com forte controle social sobre a imprensa e a liberdade de expressão.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
