O céu de Belo Horizonte se transformou em uma tela luminosa na noite dessa quinta-feira (18/12), com uma homenagem realizada no Bairro Floresta, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A apresentação, que faz parte da programação ‘Magia que Conecta – Natal VLI’, incluiu uma homenagem ao músico Lô Borges, falecido em 2 de novembro deste ano.

As luzes dançaram em perfeita sincronia, formando imagens que encantaram o público presente. Por trás dessa magia, há uma tecnologia sofisticada que coordena cada movimento com precisão milimétrica.

Diferentemente do que se pode imaginar, não há um piloto controlando cada drone individualmente. O show é, na verdade, uma coreografia digital executada por um "enxame" de aeronaves que se comunicam com uma central de comando no solo. Elas operam de forma autônoma, seguindo um plano de voo pré-programado.

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Essa nova forma de entretenimento visual tem ganhado espaço em eventos ao redor do mundo, de grandes cerimônias como as Olimpíadas de Paris e Tóquio a ações publicitárias, substituindo ou complementando os tradicionais fogos de artifício. A capacidade de criar formas detalhadas e mensagens claras no céu é um dos seus maiores atrativos.

A mensagem formada por drones iluminou o céu de Belo Horizonte em homenagem ao músico Lô Borges durante espetáculo Túlio Santos/EM/D.A.Press

Como funciona a coreografia de drones?

O processo para criar um espetáculo aéreo como o visto em Minas Gerais é complexo e combina arte com tecnologia de ponta. Tudo começa bem antes de os drones subirem aos céus, em um ambiente totalmente digital.

O primeiro passo é o design. Artistas e animadores 3D criam toda a apresentação em um software especializado. Nesse programa, eles definem as imagens que serão formadas, as transições entre elas e a paleta de cores, tratando cada drone como um pixel em uma tela tridimensional.

Em seguida, esse projeto visual é traduzido por um algoritmo em um conjunto de instruções para cada aeronave. O sistema calcula a trajetória exata, a altitude e o momento em que cada luz LED deve acender ou mudar de cor. A sincronização precisa ser perfeita para que o efeito visual funcione.

No dia do evento, os drones são posicionados em uma área de decolagem. Um único computador central envia o comando, e todo o enxame sobe ao mesmo tempo, executando a coreografia programada. Sistemas de GPS de alta precisão garantem que cada um mantenha sua posição exata, evitando colisões.

Para garantir a segurança, são estabelecidas barreiras virtuais, conhecidas como geofencing. Essa tecnologia impede que os equipamentos saiam da área designada para o show. Por serem silenciosos, reutilizáveis e menos poluentes, os shows de drones se consolidam como uma alternativa mais sustentável e versátil à pirotecnia tradicional.

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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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