O hábito de usar o celular na cama antes de dormir, aparentemente inofensivo, pode ser mais prejudicial do que se imagina. A luz azul emitida pela tela do aparelho interfere diretamente na produção de melatonina, o hormônio do sono, prejudica a qualidade do descanso e pode contribuir, a longo prazo, para problemas de saúde cardiovascular.
Nosso cérebro é programado para associar escuridão com a hora de descansar. Quando os olhos captam a luz azul, ele recebe um sinal de que ainda é dia. Como resultado, a glândula pineal, responsável pela melatonina, reduz ou interrompe sua produção.
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Isso cria um estado de alerta que dificulta o início do sono e prejudica a qualidade do descanso durante a noite. O resultado é um ciclo de sono fragmentado e pouco reparador, que impede o corpo de realizar suas funções de recuperação essenciais.
Como a privação de sono afeta a saúde cardiovascular?
A privação crônica de sono e a desregulação do relógio biológico são fatores conhecidos por contribuir para o aumento da pressão arterial. Quando o corpo não descansa adequadamente, o sistema cardiovascular fica sob estresse constante, o que pode levar à hipertensão, um dos principais fatores de risco para um AVC.
Um sono de má qualidade também está associado a processos inflamatórios no corpo e a um maior risco de desenvolver outras condições, como obesidade e diabetes. Essas doenças, por sua vez, também comprometem a saúde vascular e aumentam a probabilidade de um evento cerebral.
Como proteger seu cérebro da luz azul?
Adotar algumas práticas simples pode fazer uma grande diferença na qualidade do sono e na proteção da saúde. A principal medida é criar uma rotina de “higiene do sono”, preparando o corpo e a mente para o descanso noturno. Confira algumas dicas práticas:
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Desligue as telas: o ideal é parar de usar celulares, tablets e computadores pelo menos uma a duas horas antes de deitar.
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Ative o filtro de luz azul: a maioria dos smartphones possui um modo noturno que reduz a emissão de tons azuis, tornando a tela mais amarelada e menos estimulante.
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Reduza o brilho: diminua a intensidade da luz da tela ao mínimo possível durante o uso noturno.
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Mantenha distância: evite deixar o celular na cama ou na mesa de cabeceira. Se possível, deixe-o em outro cômodo durante a noite.
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Busque outras atividades: troque o tempo de tela por um livro físico, meditação ou ouvir músicas relaxantes para preparar o corpo para o sono.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
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*Estagiária sob supervisão do editor João Renato Faria
