Um alerta de saúde acendeu em todo o continente americano. A região perdeu o status de área livre do sarampo, e a situação já reverbera no Brasil.

Embora o país ainda mantenha a certificação de eliminação da doença, o surgimento de novos casos e a queda na vacinação colocam as autoridades em estado de atenção.

Em 2025, já foram confirmados 37 casos no território nacional, concentrados principalmente no Tocantins. Em Minas Gerais, surtos estão sob investigação em Uberlândia, onde há 24 casos suspeitos em análise.

O Ministério da Saúde, junto às secretarias estaduais e municipais, tem atuado no monitoramento dos doentes e no bloqueio vacinal para conter a disseminação.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforça que a melhor forma de prevenção é a vacinação de rotina. "No Brasil, acreditamos na ciência e, por isso, a vacina está disponível gratuitamente para toda a população de 12 meses a 59 anos", declarou.

Queda na imunização acende alerta

A principal causa da preocupação é a redução nas coberturas vacinais nos últimos anos, um fenômeno agravado pela desinformação. O risco aumenta com o registro de casos em países vizinhos, o que pode facilitar a reintrodução do vírus.

“O sarampo é a mais contagiosa entre as doenças infecciosas”, destaca o epidemiologista José Geraldo Leite Ribeiro, do Hermes Pardini. "Isso nos preocupa pela potencial gravidade da doença, que inclusive deprime o sistema imunológico e facilita outras infecções", ressalta.

Vacinação é a melhor defesa

Manter a caderneta de vacinação atualizada é a principal ferramenta de proteção individual e coletiva. A recomendação oficial é que pessoas de até 29 anos tenham duas doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

Para quem tem entre 30 e 59 anos, é necessário comprovar ao menos uma dose registrada na carteirinha. A imunização é a única forma eficaz de interromper a circulação do vírus e evitar novos surtos.

Riscos e complicações da doença

O sarampo pode causar complicações graves, especialmente em crianças não vacinadas. Entre os principais riscos estão:

  • Pneumonia

  • Encefalite (inflamação no cérebro)

  • Otite média aguda

Em casos mais severos, a doença pode levar à morte.

Gestantes, bebês com menos de um ano de idade e pessoas com o sistema imunológico comprometido formam o grupo de maior vulnerabilidade para as formas graves da infecção.

Como reforça José Geraldo, “o sarampo é uma doença prevenível e a vacinação segue sendo nossa principal ferramenta para impedir seu retorno.”

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia 
 
compartilhe