Os alimentos enlatados são cozidos dentro das próprias embalagens hermeticamente fechadas e em altas temperaturas -  (crédito: Damian Kaffenberger /Pixabay)

Os alimentos enlatados são cozidos dentro das próprias embalagens hermeticamente fechadas e em altas temperaturas

crédito: Damian Kaffenberger /Pixabay

Na mesma medida em que cresce o envolvimento do brasileiro no preparo das suas próprias refeições, tem aumentado a busca por conhecimentos sobre alimentação e a importância dos alimentos para a saúde. Neste contexto, ter a informação correta é a principal arma para garantir o bem-estar dos consumidores.

A Bonduelle, marca de produtos de origem vegetal minimamente processados, esclarece os principais mitos que envolvem os alimentos enlatados.


 

Mito 1: Alimentos enlatados têm conservantes?

Não. As conservas têm este nome porque o processo de esterilização a que são sujeitas permite que os alimentos se mantenham conservados. 

O processo de esterilização é uma etapa crucial dentro de uma indústria e é o que garante a qualidade e segurança aos produtos - que não utiliza nenhum tipo de aditivo ou conservantes nos seus produtos.

Os alimentos enlatados são cozidos dentro das próprias embalagens hermeticamente fechadas e em altas temperaturas. Por essa razão, não há necessidade de adição de conservantes. O que garante mesmo a preservação dos alimentos é o aquecimento em altas temperaturas durante o processamento, a ausência de ar e a não incidência da luz.

Mito 2: Lata amassada

Provavelmente, já se ouviu falar que uma lata amassada pode comprometer a qualidade dos alimentos ou interferir na composição nutricional dos produtos. Mas, de acordo com informações da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), estas afirmações não passam de mitos. Com a evolução da tecnologia para embalagens, a lata de aço se tornou mais resistente, prática e segura.

O sistema de abertura e fechamento facilita o envase e o armazenamento de alimentos após abertos, assim como a criação de uma película interna flexível que acompanha a deformação da embalagem e protege o seu conteúdo mesmo em caso de amassamento. 

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Além disso, as latas de aço têm uma série de vantagens frente a outras embalagens de acondicionamento, por serem hermeticamente fechadas. Este formato não só impede o contato do alimento com a luz e o oxigênio, como preserva as qualidades nutricionais do produto por muito mais tempo.

Pensando em uma maior segurança, a Bonduelle orienta que seus consumidores evitem consumir alimentos cujas latas estejam danificadas ou amassadas. 

Mito 3: Alimentos enlatados perdem seu valor nutricional

Os vegetais envasados em latas de aço podem compor uma alimentação saudável e têm valor nutricional próximo ao alimento in natura. Isso acontece porque os alimentos são colhidos no seu pico nutricional e a embalagem de aço bloqueia a incidência de luz e oxigênio, fatores que aceleram a degradação do alimento.

Portanto, a lata conserva o sabor e propriedades nutricionais dos alimentos por mais tempo. Além disso, seu processo de fabricação impede que os micro-organismos se desenvolvam e elimina em 99% os resíduos de pesticidas no interior da lata, segundo a Abeaço.

Mito 4: Botulismo

Alimentos enlatados não causam botulismo. Na verdade, o botulismo nada tem a ver com a embalagem. A causa desse tipo de intoxicação está diretamente relacionada ao processamento do alimento por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, presente no solo em alimentos contaminados e mal conservados.

Mito 5: Sódio

O aumento da demanda por alimentos saudáveis é uma tendência mundial e o baixo teor de sódio é uma das características mais procuradas pelos consumidores. As empresas estão cada vez mais conscientes da necessidade de oferecer ao consumidor produtos que contribuam para uma alimentação saudável e equilibrada. 

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O sódio é um nutriente essencial para o organismo: regula a quantidade de líquidos que ficam dentro e fora das células e atua na condução de estímulos nervosos e na contração muscular. Porém, quando há excesso do nutriente no sangue pode ocorrer alteração no equilíbrio dos fluídos internos do corpo, sobrecarregando o coração e os rins, resultando em hipertensão e outras doenças.

Existe a crença de que os vegetais enlatados contém sódio em excesso. No entanto, a quantidade de sal é uma escolha de cada fabricante, e serve apenas para dar tempero ao alimento, não para conservar.  

Mito 6: O T nas embalagens é bom

O símbolo T nas embalagens dos alimentos tem como objetivo informar ao consumidor que aquele produto é transgênico, ou seja, é modificado geneticamente com a alteração do código genético (DNA) e produzido em laboratório por meio de técnicas artificiais de engenharia genética.

Muito se discute sobre os impactos desses alimentos na saúde, mas, de fato, quais riscos eles podem causar? Já se sabe que os transgênicos podem causar alguns riscos à saúde humana, como o aumento das alergias. Outro perigo é o aumento da resistência aos antibióticos, o que é uma séria ameaça à saúde pública. Existe ainda, risco relacionado às toxinas presentes em genes de plantas e insetos, que podem aumentar desproporcionalmente com a inserção em alimentos. Há, ainda, os riscos à saúde e ao meio ambiente causados pelos agrotóxicos e a possível contaminação de plantações não transgênicas com genes modificados.

Deste modo, sempre que possível, é preferível optar por alimentos que não utilizem matéria-prima transgênica. A Bonduelle, por exemplo, não utiliza grãos transgênicos, tanto na linha nacional quanto na linha importada. 

Mito 7: Legumes enlatados não são uma opção saudável

Os legumes enlatados podem ser bons companheiros da cozinha saudável e prática. As latas de aço vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado global de alimentos, por iniciativas que asseguram as características próprias dos produtos para consumo, proporcionando praticidade, qualidade e segurança aos consumidores. Além disso, são uma ótima opção para evitar o desperdício de alimento e aumentar o consumo de vegetais no dia a dia.

Mito 8: As latas são inimigas do meio ambiente

Se por um lado há milhares de empresas investindo fortemente em inovação a fim de alcançar um futuro mais sustentável e com menos impactos ao meio ambiente, por outro é possível perceber o expressivo aumento no uso de materiais como o plástico, por exemplo, que pode levar até 400 anos para se decompor, prejudicando lençóis freáticos, mares e claro, a vida animal.

Segundo um levantamento do Credit Suisse, anualmente, são produzidas mais de 400 milhões de toneladas de plástico ao redor do mundo. O levantamento ainda diz que, a cada ano, mais de 350 milhões de toneladas de plástico viram resíduos.

Para mudar essa realidade, é necessário não só inovar, mas buscar por opções de materiais que una qualidade, segurança e sustentabilidade, e é nesse cenário que a lata de aço tem um papel bastante relevante. Sendo 100% reciclável, a lata descartada após o uso dos alimentos, pode retornar ao consumidor em forma de tesoura, maçaneta, automóvel, ou até mesmo uma nova lata, estimulando assim a economia circular, reduzindo a dependência de recursos virgens e minimizando o impacto ambiental associado à extração de matérias-primas.