Com tanta gente insatisfeita com o que vê diante do espelho, é preciso ter atenção redobrada na hora de escolher um profissional para realizar a cirurgia -  (crédito: Freepik)

Com tanta gente insatisfeita com o que vê diante do espelho, é preciso ter atenção redobrada na hora de escolher um profissional para realizar a cirurgia

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) estima que mais de 2 milhões de procedimentos cirúrgicos sejam realizados até o fim deste ano no país. Com tanta gente insatisfeita com o que vê diante do espelho, é preciso ter atenção redobrada na hora de escolher um profissional para realizar a cirurgia.

De acordo com a cirurgiã plástica à frente da Clínica Vanité, em São Paulo, Cláudia Francisco Oliveira, um bom planejamento antes de se submeter ao procedimento e checar todas as informações sobre o médico são os primeiros passos a serem tomados.

“A formação de um cirurgião plástico requer, no mínimo, 11 anos de estudo. E esses profissionais passam por constantes atualizações na carreira. Para ter bons resultados, é sempre bom pesquisar antes todas as informações sobre o seu procedimento e o seu médico”, afirma a cirurgiã, que é membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (ISAPS) e titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Uma pesquisa coordenada pela ISAPS revelou que o Brasil está em segundo lugar no ranking internacional de realizações cirúrgicas, perdendo apenas para os Estados Unidos. São Paulo e Rio de Janeiro são as cidades no topo da lista brasileira.

A seguir, oito razões cruciais para levar em conta na hora de escolher um cirurgião plástico:

1 - Opte por um especialista titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

Antes de realizar um procedimento ou cirurgia plástica, exija experiência e atualização técnica. “Sempre aconselhamos procurar um profissional especialista e titular da SBPC. Receber uma indicação de outro médico também vale muito, pois aumenta a credibilidade do profissional”, sugere Cláudia Francisco Oliveira.

2 - Preste atenção no local em que será realizada a cirurgia

Para o cirurgião-plástico Luiz Victor Carneiro Jr, esse deve ser um dos primeiros pontos a se atentar na hora da tomada de escolha. “O bom médico só opera em hospitais de referência. Nada de clínicas baratinhas sem os melhores recursos”, sinaliza o membro eleito da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica.

3 - Saiba tudo sobre o período de recuperação

O profissional precisa ser claro com o paciente ao passar todas as informações sobre o procedimento, inclusive do pós-cirúrgico. “O período de recuperação sempre é mais delicado no primeiro mês. Porém, os seis meses seguintes também fazem parte desse processo. Exigem cuidados menores, mas ainda ocorrem modificações do corpo, como redução do inchaço, clareamento das cicatrizes, redução de assimetrias e fibroses”, comenta Cláudia Francisco Oliveira.

4 - O cirurgião precisa ser realista

Toda cirurgia deve ser planejada antes de realizada. Por isso, o cirurgião precisa ser realista e objetivo com o paciente. “Aquele que promete mundos e fundos não serve”, alerta Luiz Victor Carneiro Jr.

5 - Procure se informar sobre a equipe de apoio

“A equipe de apoio tem que ser cinco estrelas. Os meus pacientes precisam ser acompanhados por uma enfermeira na primeira noite. Também conto com uma profissional de drenagem que só termina a sessão depois de o resultado estar visível ao paciente, sem olhar o relógio”, explica o médico, que atuou durante 14 anos na Clínica Ivo Pitanguy e é co-editor do livro Cirurgia Plástica para Formação do Especialista.

6 - Os cuidados com o pós-operatório precisam estar claros

Segundo Luiz Victor Carneiro Jr., depois de realizada a cirurgia, o médico acompanha o processo de cicatrização em dias alternados para troca de curativo e sessões de laser cicatrizante. “O paciente precisa saber que o banho completo, no chuveiro, leva alguns dias porque, se o curativo ficar úmido, retarda o processo de cicatrização”, diz.

7 - O cirurgião precisa mostrar o planejamento cirúrgico

“Inicialmente, além da consulta e exame físico, é preciso decidir as áreas a serem operadas, com ou sem remoção de pele, se haverá inclusão de implantes mamários, volumes, formatos, além da melhor indicação conforme a queixa da paciente, o peso, a idade e as condições clínicas, através dos exames pré-operatórios. Para completar essa programação, deve-se avaliar como será o operatório conforme o tipo de atividade profissional, férias, exposição solar, entre outras particularidades”, esclarece Cláudia Francisco Oliveira.

8 - É importante também falar sobre os cuidados com a alimentação

A SBCP orienta evitar, durante esse período, o consumo de produtos ricos em gordura saturada e açúcar refinado, assim como de embutidos, enlatados e industrializados. Fast food, refrigerantes, biscoitos, carnes gordas, frituras, presunto, salsichas, salames e molhos prontos (em saladas e outros pratos) fazem parte da lista.

Esse tipo de alimento pode interferir no processo de cicatrização e comprometer o sistema imunológico. Além disso, a ingestão de sal deve ser moderada, pois o sódio é responsável pela retenção de líquido, o que pode aumentar o inchaço. “Nada de chás diuréticos e suplementação, shakes proteicos e etc. Alimentos crus são proibidos também”, recomenda Luiz Victor Carneiro Jr.