Somente em 2019 a doença custou a vida de 2,5 milhões de pessoas no mundo -  (crédito: Freepik)

Somente em 2019 a doença custou a vida de 2,5 milhões de pessoas no mundo

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Desde 2009, quando instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) contra a pneumonia infantil, 12 de novembro é o Dia Mundial da Pneumonia, data que reforça a importância da conscientização sobre a doença que atinge milhares de pessoas todos os anos. Segundo a OMS, a pneumonia é mais grave em crianças com menos de cinco anos, idosos, e pessoas com comorbidades ou imunodeficiências, independentemente da idade.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra, anualmente, mais de 600 mil internações por pneumonia adquirida na comunidade (PAC) e influenza. De acordo com o Ministério da Saúde, houve 44.523 mortes por pneumonia de janeiro a agosto de 2022. No mesmo período do ano anterior (2021) foram 31.027 óbitos.

Levantamento do Every Breath Counts, parceria público-privada que apoia países de baixa e média renda, com o objetivo de reduzir mortes por pneumonia nos próximos anos, indica que, somente em 2019, a doença custou a vida de 2,5 milhões de pessoas. Entre elas, 672 mil crianças. Ou seja, mais de 20% das vítimas.

A vacinação é uma das formas de prevenção da doença pneumocócica e, consequentemente, da pneumonia, que pode ser causada pela evolução da infecção nos pulmões. Atualmente, existem as versões das vacinas pneumocócicas que podem proteger contra 10, 13 e 23 sorotipos. A versão contendo 10 sorotipos está disponível gratuitamente no Programa Nacional de Imunizações (PNI). As versões 13 e 23-valente estão disponíveis gratuitamente apenas para populações especiais com deficiências de imunidade nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIEs).

Ainda, este ano, a MSD Brasil anunciou o lançamento no país da vacina pneumocócica 15-valente, para prevenção da doença pneumocócica, disponível para aplicação na rede privada. O imunizante pode proteger contra 15 sorotipos causadores da doença, entre eles o 1, 3, 4, 5, 6A, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F, 22F, 23F, e 33F, que podem ser responsáveis pela maioria dos casos de doença pneumocócica invasiva (DPI), ou seja, casos mais graves, que geralmente acometem crianças com menos de cinco anos de idade, idosos e adultos com comorbidades. Em 2022, os sorotipos 19A e 3 foram responsáveis por mais de 60% dos casos de DPI no país, em crianças menores de cinco anos.

Existem cuidados adicionais à vacina para a prevenção à doença e ações diárias também podem ajudar as pessoas a se proteger, como manter as mãos higienizadas, não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas e evitar aglomerações.

A pneumonia

A pneumonia é uma inflamação aguda dos pulmões que pode ser transmitida pelo ar, saliva, secreções ou transfusão de sangue. A doença pode ser provocada por bactérias, vírus, fungos ou pela inalação de produtos tóxicos. Pode ser difícil o diagnóstico da pneumonia, pois geralmente os sintomas são semelhantes a outras doenças, como tosse, dificuldade em respirar, dor no peito, mal-estar generalizado e febre.

Já o tratamento depende do micro-organismo causador da doença. Nas pneumonias bacterianas, devem-se usar antibióticos. Na maior parte das vezes, quando a pneumonia é causada por vírus, o tratamento inclui apenas medicamentos para aliviar os sintomas, como febre e dor, podendo ser necessários medicamentos antivirais nas formas graves da doença. Nas pneumonias causadas por fungos, utilizam-se medicamentos específicos.

Antibióticos tratam diferentes cepas de bactérias causadoras da doença e, o que muitas pessoas não sabem, é que existem tratamentos específicos quando a doença é adquirida no hospital, que pode ocorrer devido a microaspiração de bactérias que se instalam na orofaringe e vias respiratórias em pacientes muito vulneráveis. Os antibióticos hospitalares exercem uma função essencial no combate a essa pneumonia, incluindo bactérias mais resistentes ao tratamento.