Com o novo plano de ocupação de favelas do Rio de Janeiro, Cláudio Castro já fez um cálculo eleitoral sobre quando o programa deve chegar na segunda fase — a das operações policiais.

O governador espera que, após a aprovação do plano pelo STF, as operações para retomada dos territórios comecem ainda no primeiro semestre, entre abril e junho. Castro quer repetir o “sucesso” político que foi a Operação Contenção, que deixou 122 mortos nos complexos da Penha e do Alemão.

A avaliação é que, perto do período de campanha eleitoral, as incursões de retomada de favelas ainda estarão “frescas” na cabeça dos eleitores, mas possíveis excessos das forças de segurança do estado não serão um problema na corrida de Castro ao Senado.

O plano de ocupação de território foi apresentado ao STF na segunda-feira, 22. O projeto prevê cinco fases de execução. A segunda consiste em operações policiais e não tem, segundo o documento, uma duração estipulada.

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Como projeto-piloto, o governo escolheu as comunidades de Gardênia Azul, Rio das Pedras e Muzema, na Zona Sudoeste do Rio. O plano de ocupação agora passará pela avaliação do ministro Alexandre de Moraes, relator-tampão da ADPF das Favelas.

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