O silêncio de Alexandre de Moraes e de Gabriel Galípolo, diante da afirmação de que o ministro teria telefonado ao presidente do BC para interceder pelo Banco Master, foi mal recebida por outros ministros do STF. Dois integrantes da Corte ouvidos pela coluna disseram não acreditar que Moraes tenha falado a favor do banco do encrencado Daniel Vorcaro junto a Galípolo, mas relataram estranhamento com a ausência de manifestação pública após reportagem do Globo.
Houve incompreensão, sobretudo, pelo fato de Moraes não ter negado a ocorrência dos telefonemas. Para esses ministros da Corte, a falta de esclarecimentos prejudica a imagem do tribunal.
O suposto contato entre Moraes e Galípolo sobre o Master teria ocorrido, de acordo com o Globo, antes de o STF ter envolvimento formal com o caso.
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O escritório de advocacia da advogada Viviane Barci de Moraes, casada com Moraes, mantinha um contrato de prestação de serviços com o Banco Master que previa o pagamento de R$ 3,6 milhões por mês, por um período de três anos a partir de janeiro de 2024, num total de cerca de R$ 130 milhões. Com a liquidação do banco, os pagamentos teriam sido interrompidos.
