Condenado no STF por tentativa de golpe, Alexandre Ramagem foi sentenciado à perda do mandato na Câmara, medida enfim oficializada por Hugo Motta nessa semana, e também demitido do cargo de delegado da Polícia Federal por ordem do Supremo.

No começo de dezembro, a corporação removeu das suas fileiras o bolsonarista, foragido nos Estados Unidos desde setembro, como revelou a coluna.

A família Ramagem, no entanto, manterá um membro na PF. Trata-se de Bruno Ramagem Rodrigues, irmão mais novo de Alexandre Ramagem.

Bruno, de 50 anos, é agente da PF e está lotado em um núcleo da Coordenação-Geral de Cooperação Policial Internacional, vinculada à Diretoria de Cooperação Internacional (DCI) da PF. A DCI é o órgão da PF responsável pela cooperação com a Interpol e atua, por exemplo, em prisões de estrangeiros foragidos no Brasil.

O Núcleo de Análise e Processamento, do qual Bruno Ramagem é chefe substituto desde abril de 2023, por sua vez, também atua em casos de extradições de brasileiros do exterior para o Brasil — como pode vir a acontecer com Alexandre Ramagem, alvo de pedido de extradição feito por Alexandre de Moraes ao Ministério da Justiça nessa semana. 

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A coluna localizou um documento de janeiro de 2025 em que o próprio Bruno Ramagem, enquanto chefe substituto, indicou uma agente da PF para ir a Lisboa chefiar a equipe de escolta na extradição de um brasileiro que seria enviado da capital portuguesa para Florianópolis.

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