O desempenho de Flávio Bolsonaro na pesquisa Genial/Quaest divulgada nessa terça-feira, 16, superior numericamente ao de Tarcísio de Freitas no segundo turno, não superou, ao menos por enquanto, a resistência do Centrão à sua candidatura presidencial.

Líderes desse grupo seguem avaliando que Flávio é um candidato que inevitavelmente terá relevância e pode chegar ao segundo turno com os votos bolsonaristas, mas esbarraria na alta rejeição ao clã Bolsonaro para efetivamente ameaçar a reeleição de Lula.

Dentro do recorte dos eleitores que disseram não votar em Flávio, de 60%, um dado em especial na pesquisa foi destacado entre políticos do Centrão para demonstrar como o senador tem “teto baixo”: a rejeição entre eleitores independentes, ou seja, os não identificados à esquerda ou à direita.

Entre esse eleitorado, mais moderado, somaram 69% os que disseram não votar em Flávio de jeito nenhum, o maior número entre todos os candidatos — superior até aos 68% do próprio Jair Bolsonaro e os 64% de Lula.

No Centrão, que segue defendendo a candidatura de Tarcísio de Freitas, avalia-se que o governador de São Paulo conseguiria atrair eleitores moderados com mais facilidade, em um movimento imprescindível ao centro.

Tarcísio, que viu sua rejeição passar de 41% para 47% entre outubro e dezembro, é rejeitado por 38% dos eleitores independentes, dos quais 40% não o conhecem e 22% responderam que votariam no governador paulista.

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