Perseguido por Carla Zambelli de arma em punho em uma rua de São Paulo, o jornalista Luan Araújo abriu no último domingo, 7, uma vaquinha para juntar R$ 25 mil e pagar as custas do processo por danos morais que move na Justiça paulista contra a deputada.

Até agora, Araújo juntou menos de R$ 5 mil. Ele disse ter pedido gratuidade de Justiça, mas teve a solicitação negada.

A deputada foi condenada criminalmente no STF por perseguir o jornalista empunhando uma pistola pelas ruas dos Jardins, na véspera do segundo turno das eleições de 2022. No entanto, Zambelli o processou por difamação e ganhou o processo em São Paulo. A defesa de Luan recorreu ao STJ. Agora, ele é quem a processa na Justiça paulista.

Em agosto, Zambelli foi condenada no plenário do STF pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal no caso envolvendo Luan Araújo. A pena foi de cinco anos e três meses de prisão, inicialmente em regime semiaberto.

Apesar de a sentença ordenar a perda do mandato, a Câmara não tratou do processo sobre a perseguição armada ao analisar a cassação de Zambelli, nessa quarta-feira, 10. A Casa avaliou, e rejeitou, a perda de mandato relacionada à outra ação penal em que a bolsonarista foi condenada no Supremo, por violação e fraude do sistema digital do CNJ.

De São Paulo, Luan Araújo disse que acompanhou a sessão pela internet. “É triste. Mas sem surpresa nenhuma. Este foi o Congresso que a gente elegeu. Um Congresso retrógrado, autoritário, que pensa de acordo com os interesses dele”, lamentou.

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