Em meio a polêmica que envolve a recente decisão do governo de Romeu Zema (Novo) em compartilhar a gestão da Sala Minas Gerais com o Serviço Social da Indústria (Sesi) - que faz parte da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) - o chefe do Executivo mineiro cancelou a sua participação em um evento, nesta quarta-feira (10/4), da instituição.

 

Zema estaria às 18h na abertura do evento Imersão Indústria Fiemg. A participação foi cancelada de última hora.


O acordo de cooperação técnica para gestão compartilhada foi assinado na sexta-feira (5), entre as entidades e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), proprietária do local.

 

O Instituto Filarmônica não foi consultado durante as negociações e soube da notícia pela imprensa local. O documento prevê que a orquestra desocupe a Sala Minas Gerais até o mês de julho.


Em nota, a secretaria da Cultura, pasta liderada por Leônidas de Oliveira no governo Romeu Zema (Novo), afirma que "a Sala Minas Gerais é de propriedade da Codemge e cabe a ela, na forma da lei, fazer a gestão do espaço". A nota diz ainda que 60% dos recursos da secretaria são destinados à manutenção das atividades da orquestra.


O acordo de gestão pretende transformar a Sala Minas Gerais em um espaço multiuso, podendo abrigar as apresentações da orquestra do Sesi, além de espetáculos cênicos e eventos corporativos.

 


Inaugurada em 2015 com recursos da Codemg, a sala foi concebida como sede da Filarmônica de Minas Gerais, que fora criada sete anos antes. Sua arquitetura foi pensada aos moldes da Philharmonie de Berlim e da Sala São Paulo. Por isso, o palco e a acústica foram concebidos para receber programas de música sinfônica, com coro e orquestra.

 


A cada semana, a sala recebe concertos da temporada da Filarmônica, como ocorre com as principais orquestras do mundo. Sendo uma organização social, o Instituto Filarmônica renova, a cada ano, o seu contrato de gestão, firmado com o governo estadual.

compartilhe