Dilma foi presa e torturada durante a ditadura militar -  (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

Dilma foi presa e torturada durante a ditadura militar

crédito: Ricardo Stuckert / PR

 

Vítima da ditadura militar, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e hoje presidente do presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) relembrou os 60 anos do golpe de 1964. Em suas redes sociais, neste domingo (31/3), Dilma disse que é crucial manter "a memória e a verdade histórica" do que ocorreu para assegurar que outro golpe não aconteça.

 

A ex-presidente também associa o golpe militar ao 8 de janeiro, dia em que manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

 

"Manter a memória e a verdade histórica sobre o golpe militar que ocorreu no Brasil há 60 anos, em 31 de março de 1964, é crucial para assegurar que essa tragédia não se repita, como quase ocorreu recentemente, em 8 de janeiro de 2023. Como tentaram agora, naquela época, infelizmente, conseguiram. Forças reacionárias e conservadoras se uniram, rasgaram a Constituição, traíram a democracia, e eliminaram as conquistas culturais, sociais e econômicas da sociedade brasileira. O presidente João Goulart, legitimamente eleito, foi derrubado e morreu no exílio", disse Dilma.

 

 

"No passado, como agora, a História não apaga os sinais de traição à democracia e nem limpa da consciência nacional os atos de perversidade daqueles que exilaram e mancharam de sangue, tortura e morte a vida brasileira durante 21 anos. Tampouco resgata aqueles que apoiaram o ataque às instituições, à democracia e aos ideais de uma sociedade mais justa e menos desigual. Ditadura nunca mais!", continuou.

 

A declaração de Dilma ocorre em meio ao veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a realização de atos oficiais do governo recordando os 60 anos do golpe militar no Brasil.

 


Vítima da ditadura

Dilma foi presa e torturada durante a ditadura militar. Ela foi detida entre 1970 e 1972. A ex-presidente foi submetida a torturas em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, conforme informa o "Memórias da Ditadura", portal do Instituto Vladimir Herzog.