Freire Gomes respondeu a cerca de 250 perguntas sobre os dias finais de sua chefia no Exército

 -  (crédito: Evaristo Sa/AFP )

Freire Gomes respondeu a cerca de 250 perguntas sobre os dias finais de sua chefia no Exército

crédito: Evaristo Sa/AFP

O advogado e assessor de Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, disse que não há nenhum elemento que possa incriminar o ex-presidente nos depoimentos que aliados prestaram à Polícia Federal (PF) nas últimas semanas. O grupo é investigado por uma suposta tentativa de golpe de Estado em uma trama que, de acordo com a PF, inclui a formação de uma organização criminosa.

 

Wajngarten voltou a afirmar que a defesa de Bolsonaro não teve acesso aos autos da investigação e precisou conversar com suas fontes. “Estou convicto: não há nada concreto contra o presidente Bolsonaro nos tais depoimentos, que ainda não tivemos acesso”, disse.

 

O advogado ainda havia dito, na segunda-feira (4/3), que os vazamentos eram uma tentativa de “constranger e intimidar”, além de construir “narrativas em detrimento do que o bom direito prega”. No caso ele comentava uma reportagem do "UOL" sobre os depoimentos de ex-comandantes das forças armadas.

 

 

Na sexta-feira, o general Freire Gomes, último comandante do Exército durante a gestão de Bolsonaro, prestou depoimento durante sete horas. Segundo revelou a "Folha de S. Paulo", fontes próximas ao militar apontam que ele respondeu a 250 perguntas sobre os dias finais da sua chefia no Exército.

 

Ele teria implicado Bolsonaro como responsável pela manutenção dos acampamentos em frente aos quartéis, além de ter se eximido da responsabilidade pela participação das Forças Armadas como fiscalizadoras das eleições.

 

Freire Gomes também teria afirmado a participação em reuniões que serviram para elaborar uma minuta golpista, que serviria para instaurar um decreto de Garantia da Lei e Ordem (GLO) e promover um golpe de Estado e a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).