Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff, presidente Lula e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião com o presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês), Jin Liqun -  (crédito: Ricardo Stuckert)

Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff, presidente Lula e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião com o presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês), Jin Liqun

crédito: Ricardo Stuckert

O presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês), Jin Liqun, reuniu-se nesta segunda-feira (4/3) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. O órgão é o segundo maior banco multilateral do mundo.

 

 

Durante o encontro, Liqun declarou a Lula que o banco está disposto a financiar projetos maiores no país. Atualmente, três obras recebem aportes da instituição, no valor de US$ 350 milhões. O foco são obras de conectividade, ferrovias e transição energética.

 

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"Estamos muito felizes de ter a oportunidade de trabalhar com o governo brasileiro, com o povo brasileiro e com o setor privado, para avançar no amplo desenvolvimento econômico e social deste grande país", declarou Liqun a jornalistas após o encontro. Também participaram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente do New Development Bank (NDB), Dilma Rousseff.

 

"A Ásia será uma parceira econômica muito importante para o Brasil e para outros países latino-americanos. Estamos comprometidos a trabalhar com o governo para melhorar a conectividade, a adaptação e mitigação das mudanças climáticas, e o desenvolvimento do setor privado", avaliou ainda o presidente do banco.

 

Conexão com o Pacífico

 

Questionado sobre quais projetos estão em discussão, Liqun negou que tenha conversado com Lula sobre obras específicas. Porém, referiu-se ao projeto do governo para conectar o Brasil a 11 países da América do Sul, incluindo ligação com o Oceano Pacífico para facilitar o comércio com a China e outros países da Ásia.

 

Liqun também desviou ao ser questionado sobre valores previstos para investimento no país. "Nós já dissemos que o Brasil é um dos parceiros mais importantes da Ásia, e estamos prontos para fornecer grande quantidade de recursos para o seu país. Até agora, estamos devidamente capitalizados. Não temos restrição de capital. Desde que tenhamos bons projetos, nós providenciaremos financiamento", pontuou o presidente do AIIB.