Presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi criticado Valdemar -  (crédito: Roque de Sá/Agência Senado)

Presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi criticado Valdemar

crédito: Roque de Sá/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), retrucou nesta quinta-feira (25/1) o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, que o havia chamado de "frouxo" por não ter impedido a Polícia Federal (PF) de realizar operação contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

"Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF. E ainda defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema", postou o senador, em suas redes sociais, sem citar Costa Neto.

Mais cedo, também na internet, o presidente do PL alegou que a operação da PF que realizou busca e apreensão na residência de Ramagem é uma "perseguição por causa de Bolsonaro". O deputado bolsonarista foi indicado pelo ex-presidente para concorrer ao cargo de prefeito do Rio de Janeiro no pleito deste ano.

"Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências", escreveu o aliado de Bolsonaro.

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Ramagem chegou a ser indicado pelo ex-presidente Bolsonaro para o cargo de chefe da PF. O líder do Executivo alegava que a polícia deveria repassar informações para ele.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) estava sendo investigado pela PF pela prática de "rachadinhas". O objetivo era que o aliado da família anulasse as investigações.

O desejo do presidente não foi bem aceito pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que alegou que a nomeação iria aparelhar a Polícia Federal. Desta forma, Ramagem foi indicado para ser chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

À frente da Abin, ele é suspeito de ter usado a agência para investigar pessoas próximas à família Bolsonaro e opositores e críticos dos políticos.