Sabatina de Flávio Dino acontece nesta quarta-feira (13/12), na CCJ no Senado -  (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Sabatina de Flávio Dino acontece nesta quarta-feira (13/12), na CCJ no Senado

crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o "perfil" do ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado para a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF) e que será sabatinado nesta quarta-feira (13/12) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), é "muito perigoso para o Congresso Nacional". Para o senador, Dino enfrentará uma grande rejeição por parte dos parlamentares da oposição e há chances de ter o nome rejeitado. Apesar das expectativas de Flávio Bolsonaro, as probabilidades de rejeição são baixas e Dino está confiante.

Flávio Dino precisa ser aprovado por, no mínimo, 41 senadores. A estimativa é que ele receba entre 48 e 53 votos favoráveis. 

Um dos motivos da rejeição de Dino pelos senadores da oposição é a vida política do ministro. Flávio Dino foi governador do Maranhão de 2015 a 2022, eleito para o Senado nas eleições do ano passado, mas pediu licença do cargo para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Lula.

"Flávio Dino vai ter que responder uma sabatina pela sua trajetória política, não pela sua trajetória jurídica. Começou sua vida pública como magistrado. Obviamente o perfil dele é muito perigoso para o Congresso Nacional, e neste momento em que o Senado e a Câmara [dos Deputados] tentam se reafirmar, valorizar o poder legislativo, olha que curioso, um político, senador, está sendo indicado para uma vaga no Supremo, e ao invés de termos uma percepção que haverá uma valorização do legislativo, que não haverá perseguição com os políticos, a percepção é o contrário", disse Flávio Bolsonaro.

Para Flávio Bolsonaro, o problema na indicação de Dino é o seu perfil político, e não o fato de ser um senador ou ministro da Justiça. "A percepção é de que o governo Lula indica alguém perigoso, que vai pro Supremo para cerrar fileiras com um ou outro que pode olhar a para a política com um olhar discriminatório e de perseguição. O problema não é ser senador, é o perfil de quem está sendo indicado. Sua opção política sempre foi de extrema-esquerda. A história dele é ruim. Estou acreditando que ele possa ser rejeitado", comentou Flávio.