o deixar nas mãos do poder Executivo a definição da meta fiscal e a emenda a ser apresentada nesse sentido, os congressistas jogam no colo do Planalto a responsabilidade de prestar contas ao mercado sobre a não-redução de juros, em caso de incertezas, e, de quebra, aos prefeitos sobre eventuais contingenciamentos, se isso for necessário. Embora o presidente Lula tenha dito que não irá reduzir despesas, os congressistas têm dúvidas, uma vez que as despesas obrigatórias estão crescendo e não há recursos sobrando para investimentos públicos.

Vale lembrar

Com as emendas ao Orçamento de liberação obrigatória, a leitura dos deputados e senadores é a de que a parte deles no bolo orçamentário está garantida. Quem precisa arranjar recursos para cumprir o Programa de Aceleração do Crescimento que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, está combinando diretamente com os prefeitos, é o Planalto.

E a tributária, hein?

O presidente da Câmara, Arthur Lira, tem dito que promulgará a parte da reforma tributária que for consenso entre as duas Casas, Câmara e Senado. Só tem um probleminha: Jura que não fará “fatiamento” do texto.

Veja bem

Lira e seus aliados querem levar para o eleitorado o discurso de que promulgaram a reforma tributária, entregando ao país uma proposta que aguarda votação há 30 anos. A atual direção do Congresso quer passar para a história como a que mais promoveu o diálogo entre as forças políticas desde a promulgação da Constituição de 1988.

Presente de Natal

A ideia de Arthur Lira é aprovar a reforma tributária antes do recesso de fim de ano. Antes, porém, o governo quer votar o Orçamento, a fim de garantir as emendas para 2024.


Espinhos baianos

A relação entre o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, não é das melhores desde que fizeram planos diversos para a disputa da prefeitura de Salvador no que vem. Agora, outros ingredientes entram nessa cumbuca. Inclusive a meta fiscal.

Ministro

O Lide-Brasília recebe hoje o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Martins Filho. Num almoço debate para empresários da cidade, ele fará sobre Segurança jurídica nas relações do Trabalho.