"Em editorial dessa quarta-feira (13), o EM nos trouxe uma série de problemas inerentes ao mau uso de nossas redes sociais, sobretudo riscos e vulnerabilidades enfrentadas por nossas crianças e adolescentes: 'Esse acesso descontrolado criou um problema mais profundo que liga as crianças a temas que não deveriam fazer parte da preocupação delas como o consumismo; a manutenção de certo status social em busca de autoestima; e o anseio pela definição de uma identidade em um momento de formação, não de demarcação'. No livro ' A geração do quarto', o professor Hugo Monteiro Ferreira revela estudos e vários desafios de uma convivência em família, dentre eles a criação de vínculos emocionais saudáveis. Destaca o autor que 'os processos educacionais de crianças e adolescentes nos dias contemporâneos não é necessariamente a existência de redes sociais digitais, mas sim o fato de essas redes escancararem a ausência de espaço e tempo para ficarmos juntos, para trocarmos ideias, para brincarmos, para nos conhecermos. As redes sociais são como lupas que mostram o silenciamento dentro da casas'. Este distanciamento de pais com as crianças e jovens, mesmo dentro das próprias casas, está em concordância com os riscos e vulnerabilidades destacada pelo jornal em nota: 'as redes sociais estão lotadas de criminosos em busca de vítimas em potencial. Parte deles se manifesta a partir dos golpes; outra fatia por meio do aliciamento; e uma terceira porção já deixou as profundezas da deep web para habitar o Instagram: os pedófilos. Quando crianças e a dolescentes acessam as redes sem qualquer monitoramento, são vítimas em potencial desses criminosos'. Portanto, além do acompanhamento pelos pais, é urgente lermos certos sinais de nossas crianças, sejam eles comportamentais, não verbais e até os silêncios."

Fábio Moreira da Silva
Belo Horizonte

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