Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que sete em cada 10 empresas brasileiras já utilizam ferramentas digitais em seu processo produtivo. Outra pesquisa, desta vez da Microsoft – Transformação Digital para MPMEs –, aponta que 72% das micro, pequenas e médias empresas afirmam que pretendem investir em tecnologia nos próximos meses, mas, em contrapartida, apenas 28% contam com isso como prática recorrente.


Embora o processo de digitalização das empresas brasileiras já tenha iniciado, ainda não se consolidou como uma estratégia natural de transformação e engatinha em determinados segmentos.


Não há dúvidas de que aquele empresário – seja ele proprietário de uma empresa de grande, médio ou pequeno porte – que investiu, analisou dados, detectou problemas, apresentou soluções e criou formas de trabalhar sua marca, enfim, que se debruçou sobre a mudança digital esteja agora bebendo água limpa frente a quem simplesmente deixou o mercado ditar as regras, pensando em seguir a correnteza pela margem do rio.


Questões como não saber por onde começar, dificuldade em definir prioridades, lidar com os antigos processos frente às novidades tecnológicas ou ainda se negar a aceitar que o mundo está em transformação fazem com que o empresariado crie uma espécie de inércia, de um bloqueio mental diante das transformações.


Outro obstáculo que se apresenta é a dificuldade de entendimento sobre como mensurar os resultados dos processos digitais, já que as transformações demandam adaptações por parte das empresas, como a modernização de processos, estratégias e soluções.


Soluções essas que podem ser encontradas diante de um dos fenômenos mais debatidos no momento: a inteligência artificial. Para o bem ou para o mal, vide os recentes acontecimentos envolvendo personalidades da mídia como o médico Dráuzio Varella e os apresentadores Luciano Huck e Ana Maria Braga (que aparecem em propagandas forjadas pela IA vendendo produtos), sem dúvida é o grande advento das últimas décadas.


No caso das empresas, a inteligência artificial permite que computadores aprendam e “tomem decisões” com base em dados, favorecendo que as organizações decidam rapidamente sobre as oportunidades de maior prioridade, melhorando a eficiência e automatizando processos ao longo do caminho.


É claro que – como o próprio nome diz: “artificial” – a IA não substitui e nunca substituirá a essência humana, mas ela consegue, de fato, atender às demandas e expectativas desse novo consumidor, ávido por tecnologia. Segundo relatório da Insider Intelligence, até 2026, portanto, daqui pouco mais de dois anos, 99,6% da geração Z serão usuários regulares da internet.


Ou seja, para que as empresas consigam sanar os anseios desse contingente de potenciais clientes é preciso falar a mesma língua, o “computês”, o “internetês” e por aí vai. Fechar os olhos para as inovações nos mais variados campos não é a forma certa de se portar. Mesmo porque qual é a empresa que vai querer ficar de fora? nestado