Brasil e influenciadores digitais são feitos um para o outro. Não restam dúvidas. Apenas no Instagram, estima-se que o país conte com 10,5 milhões de influencers, além dos outros milhões que se concentram em plataformas como YouTube e TikTok.

Estudo realizado pela Youpix este ano, em parceria com a MindMiners, ambas empresas que trabalham com estratégias de marketing e pesquisas em conteúdo digital, mostra que dobrou a quantidade de marcas que investem mais de R$ 1,5 milhão em marketing de influência, em comparação ao ano anterior. Ou seja, esse já é um mercado de grandes proporções e tem potencial para crescer ainda mais.

A pesquisa “Quem te influencia?”, citada acima, mostra que seis em cada 10 seguidores de redes sociais já compraram produtos ou serviços recomendados por influenciadores e preferem este formato para a descoberta de outros produtos. Dados revelam que o número de followers (seguidores) não é o fator principal para esses consumidores: 73% deles afirmam que um influenciador é alguém que promove ideias e pode influenciar opiniões e comportamentos de seus seguidores independentemente da quantidade de seguidores.

Tamanha é a força desses criadores de conteúdo junto à sua audiência que grande parte do que gira em torno da Black Friday – cujo ponto alto é exatamente nesta sexta-feira – conta com a participação desse novo profissional em milhares de propagandas, publicidades e até mesmo programas de televisão que uniram vendas e diversão.

Quanto às redes sociais, ainda que disperso, o Instagram é a rede que lidera a preferência da audiência para seguir influencers, conforme o estudo, e aparece também em primeiro lugar na preferência das marcas para trabalhos com influenciadores, o que reforça o poder da plataforma na influência que os criadores exercem.

O estudo detectou ainda que o influenciador desperta o interesse, mas a conversão em si depende de diversos fatores. Quando ocorre, a preferência muitas vezes recai sobre o meio digital, especialmente em canais onde é possível comparar produtos e preços: 67% dos entrevistados afirmam pesquisar melhor sobre o produto ou serviço da marca recomendada pelo influenciador antes de comprar, enquanto somente 16% dizem comprar no mesmo instante em que vê o “publipost” do influenciador.

De toda forma, em tempos de ofertas e promoções em alta – assim como todo o charme exposto pelos influenciadores – o momento é de cautela, já que o fim do ano está chegando e, com ele, despesas pesadas que se prolongam por dezembro até desembocar em janeiro. A questão é que, bombardeado pelas redes sociais e outros meios de veiculação, o consumidor parece mesmo disposto a gastar. Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) constatou que nove em cada 10 consumidores brasileiros pretendem fazer compras durante esta edição da Black Friday.

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