Investigado no âmbito do esquema de descontos indevidos em aposentadorias do INSS, o advogado Nelson Wilians está relacionado a outro escândalo corrente no país: o do Banco Master. Nesse caso, não como investigado, mas como advogado de um dos alvos das apurações da Polícia Federal.
Conhecido como “advogado ostentação”, em razão do perfil extravagante exibido nas redes sociais, Wilians representa Allan da Silva Machado, um dos alvos da Operação Compliance Zero, que prendeu o banqueiro Daniel Vorcaro em novembro. A procuração ao advogado foi assinada por Machado no mesmo dia da ação da PF, 18 de novembro.
Nessa quinta-feira, 17, Nelson Wilians e outros seis advogados do seu escritório enviaram ao STF, em nome de Allan Machado, um pedido por informações sobre o número do processo da investigação do caso Master no Supremo.
Nas apurações sobre o escândalo do INSS, Wilians foi alvo de mandados de busca e apreensão em setembro, autorizados por André Mendonça no STF. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou R$ 4,3 bilhões em transações financeiras atípicas do escritório do advogado entre 2019 e 2024.
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Também em setembro, Nelson Wilians foi convocado e teve que comparecer à CPI mista do INSS, mas não prestou compromisso em dizer a verdade e não respondeu à maioria das perguntas dos parlamentares. Ele nega participação nas fraudes.
