Ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras, Roberto Gonçalves havia sido beneficiado em outubro por uma decisão de Dias Toffoli que anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra ele. Nessa segunda-feira, 15, o ministro do STF assinou outro despacho favorável a Gonçalves.
Toffoli mandou arquivar uma ação movida pela Petrobras para impedir a liberação de valores de Roberto Gonçalves retidos junto à 13ª Vara Federal de Curitiba. O intuito da estatal era manter o dinheiro indisponível e apresentar uma ação de improbidade contra Gonçalves. O ministro também determinou que uma ação desse tipo não pode sequer ser movida contra o ex-gerente da Petrobras, porque estaria baseada em provas nulas.
Roberto Gonçalves foi condenado a 17 anos e nove meses de prisão em um processo da Operação Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, por ter recebido US$ 2,9 milhões em propina. Na gerência da diretoria de Serviços, ele sucedeu o notório Pedro Barusco, delator que topou devolver, sozinho, US$ 97 milhões em propina recebidos no petrolão.
Em sua decisão de 10 de outubro, Toffoli anulou todos os atos e decisões da Lava Jato contra o Gonçalves, incluindo investigações e provas reunidas pela força-tarefa e decisões do ex-juiz Sergio Moro.
