Do total de famílias, 43% não têm nenhuma fonte de renda e para 83% o Bolsa Família é a principal fonte de sustentação
     -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)

Do total de famílias, 43% não têm nenhuma fonte de renda e para 83% o Bolsa Família é a principal fonte de sustentação

crédito: Ed Alves/CB/DA.Press

Mais de 50% das crianças na primeira infância estão em famílias de baixa renda, aquelas com renda mensal per capita de até meio salário-mínimo. São 10 milhões de crianças com idades entre 0 e 6 anos entre as 18 milhões nessa faixa etária. O número foi revelado por um estudo inédito do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV). Para o estudo, foram usados os dados do Cadastro Único. 

 

Essas crianças só não estão em uma situação pior devido a programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. De acordo com o estudo, 81% delas (cerca de 8,1 milhões) estariam em situação de pobreza ou extrema pobreza (com renda mensal familiar per capita de até R$ 218) caso não houvesse o auxílio. Com o benefício, o número é reduzido para 6,7%.


 

Como pelo menos 132.793 famílias estão aguardando para passarem a receber o Bolsa Família, segundo o estudo outras 54.322 crianças podem passar a ser beneficiadas pelo auxílio.

 

 

O estudo ainda revelou que três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são capitaneadas por mães solo, em sua maioria pardas e com idade entre 25 e 34 anos. Do total de famílias, 43% não têm nenhuma fonte de renda e para 83% o Bolsa Família é a principal fonte de sustentação.

 

De acordo com o levantamento, 1.209.132 de crianças do Cadastro Único pertencem a grupos populacionais tradicionais e específicos, sendo que 40.837 são crianças migrantes e 6.420 crianças são expostas à situação de trabalho infantil.