Após 13 anos do primeiro show no Brasil, Stefani Joanne Angelina Germanotta ou mundialmente conhecida como Lady Gaga fez um retorno triunfante e agraciou um público estimado em 2,1 milhões de fãs na orla carioca no último sábado (3). Desde Bloody Mary, Abracadabra, Judas e Poker Face a Paparazzi, Alejandro, Born This Way e Shallow o evento contou com um setlist cheio de hits com 22 músicas presentes em cada era da cantora.

Integrando o Projeto “Todo mundo no Rio”, o espetáculo ocorreu de maneira gratuita, em uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, que busca promover cada vez mais ações como essa na cidade, em conjunto a alguns patrocinadores e o governo estadual. O Governo, por sua vez, disponibilizou R$15 milhões, através do programa de incentivo a cultura e toda a estrutura de transporte e segurança. O restante do investimento foi por meio de patrocínio da iniciativa privada.

Por mais que a entrada do show tenha sido gratuita, milhares de pessoas se deslocaram de diversos locais do país movimentando o sistema de transporte, hospedagens, comércio, serviços em um movimento que aqueceu a economia carioca. A Secretaria de Estado de Turismo (Setur - RJ) e da TurisRio é de que a economia seja impactada em R$600 milhões somente na capital, determinando não só o comércio hoteleiro, mas outros serviços especializados, como a montagem dos palcos.

A economia é diretamente influenciada pelo turismo, no qual ao atrair mais visitantes, mais serviços são solicitados e as empresas acabam se fortalecendo. Dados da Embratur, discriminam cerca de 600 mil visitantes, entre 366 mil que desembarcaram no aeroporto internacional Tom Jobim (RioGaleão) e 240 mil chegaram pela rodoviária. O município recebeu 65 mil estrangeiros que determinaram Argentina, Chile, Estados Unidos, França, Reino Unido, Colômbia, Peru, Portugal e Itália.

Na rede de hotelaria a média atingida foi de 86,6% e segundo o portal HotéisRio, 96,45% das ocupações estiveram em Ipanema e Leblon, seguido de Copacabana e Leme com 95,63%.

“O orçamento da verba cultural foi aprovado em março deste ano pelo Congresso, com 84% do valor cortado, passando de uma estimativa de R$3 bilhões do projeto orçamentário para R$478 milhões. O Brasil se destaca por essa preocupação e por mais gratuito que o show fosse, a economia se sustenta integralmente pelas vias posteriores aos eventos, que como mencionado inclui o turismo e os comércios. Ademais, a prática do turismo só se movimenta graças ao que é investido, portanto o sucesso da cantora e a popularidade do Estado Fluminense, deveriam ser salientados em vista do retorno que daria, não só para a prefeitura, como para a população”, disse o pesquisador Urandir Fernandes

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