Os separatistas do Conselho de Transição do Sul (CTS), que se apoderaram de amplos territórios no Iêmen nas últimas semanas, estão "decididos" a restabelecer um Estado no sul do país, afirmou seu porta-voz nesta quarta-feira (31) à AFP.
A ofensiva relâmpago do movimento, apoiado pelos Emirados Árabes Unidos, aconteceu em um país já devastado por mais de uma década de guerra civil entre o governo apoiado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita e os rebeldes huthis respaldados pelo Irã.
Apesar dos bombardeios aéreos voltados às suas posições e as exigências de Riade para que se retire, o CTS garante que manterá suas posições e reforçará seu controle sobre o território.
"O que aconteceu recentemente fez com que os habitantes do sul ficassem ainda mais decididos, psicológica e emocionalmente, a restabelecer o Estado", declarou à AFP o porta-voz do CTS, Anwar al Tamimi, em referência à República Democrática e Popular, independente entre 1967 e 1990.
"Quando chegar o momento oportuno, estaremos preparados para restaurar nosso Estado. As circunstâncias vão determinar se isto vai acontecer a longo ou médio prazo, ou de maneira imediata", acrescentou.
A Arábia Saudita, potência regional e principal apoio do governo iemenita, instou diversas vezes o CTS a se retirar dos territórios conquistados recentemente, particularmente nas áreas situadas ao longo de sua fronteira sul, e realizou ataques aéreos contra suas posições.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
mk-ds/saa/vl/mab/hgs/rpr