O primeiro-ministro de Groenlândia declarou nesta terça-feira (23) que as decisões sobre o futuro deste território autônomo seriam tomadas ali, depois que o presidente americano, Donald Trump, reiterou que os Estados Unidos precisam da ilha por "razões de segurança nacional".

"A Groenlândia é o nosso país. As nossas decisões são tomadas aqui", afirmou Jens-Frederik Nielsen em uma publicação no Facebook.

Desde seu retorno à Casa Branca em janeiro, Trump tem afirmado repetidamente que os Estados Unidos "precisam" deste território autônomo da Dinamarca, rico em recursos naturais, por razões de segurança, e não descartou o uso da força para anexá-lo.

No domingo, o mandatário nomeou o governador da Louisiana, Jeff Landry, como enviado especial para a Groenlândia, o que provocou indignação na Dinamarca, que convocou o embaixador dos EUA. 

Em sua publicação, Nielsen disse sentir-se "triste" após ouvir o reiterado desejo de Trump de se apoderar do território.

"Estas palavras reduzem nosso país a uma questão de segurança e poder. Não é assim que nos vemos, e não é assim que podemos nem devemos ser descritos na Groenlândia", declarou.

Nielsen também agradeceu à população de seu país por enfrentar a situação com "calma e dignidade" e mostrou-se grato pelo apoio de outros líderes.

A Groenlândia "pertence ao seu povo" e "a Dinamarca é sua garantidora", declarou nesta terça-feira o presidente francês, Emmanuel Macron, que reiterou "o apoio da França à soberania e integridade territorial" do país e do território autônomo. 

A maioria dos 57.000 habitantes da Groenlândia quer se tornar independente da Dinamarca, mas não deseja fazer parte dos Estados Unidos, segundo uma pesquisa realizada em janeiro.

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