A ativista climática sueca Greta Thunberg foi detida nesta terça-feira (23) em Londres durante uma manifestação em apoio a militantes presos do grupo proscrito Palestine Action, anunciaram as associações Defend Our Juries e Prisoners for Palestine.
"Greta Thunberg segurava um cartaz com a frase 'apoio aos presos do Palestine Action. Sou contra o genocídio'", afirmou um porta-voz da Defend Our Juries, ao explicar que a ativista "foi detida com base na lei antiterrorismo" britânica.
A polícia de Londres informou a detenção de uma "mulher de 22 anos por exibir um objeto (um cartaz) em apoio a uma organização proibida (Palestine Action)", sem revelar o seu nome.
A manifestação foi organizada em solidariedade a oito integrantes do Palestine Action que iniciaram uma greve de fome. O grupo foi incluído em julho na lista de organizações consideradas "terroristas" no Reino Unido, após atos de vandalismo.
Os militantes, com idades entre 20 e 31 anos, estão presos e aguardam julgamento por terem organizado ações em nome do grupo.
Huda Ammori, cofundadora da organização, apresentou um recurso judicial para contestar a proibição, criticada tanto por ONGs de defesa dos direitos humanos como pelo Conselho da Europa e o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
Segundo a Defend Our Juries, mais de 2.000 pessoas foram detidas durante as dezenas de manifestações organizadas em apoio ao grupo.
Qualquer ato de apoio à organização pode ser punido com pena de até seis meses de prisão.
Greta Thunberg é a primeira figura de grande destaque a ser detida nesse contexto. Imagens divulgadas nas redes sociais a mostram sentada no chão com um cartaz.
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