A Comissão Europeia pretende assinar o acordo comercial com o Mercosul em 12 de janeiro no Paraguai, disseram fontes diplomáticas à AFP nesta sexta-feira (19), após o adiamento anunciado no dia anterior devido à pressão da França e da Itália. 

O Executivo europeu esperava assinar o tratado de livre comércio no sábado (20) em Foz do Iguaçu (Paraná), mas foi obrigado a adiá-lo devido ao apoio insuficiente entre os Estados-membros. 

No entanto, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou confiança na possibilidade de finalizar o acordo em janeiro. 

Uma fonte da Comissão e dois diplomatas indicaram que a nova data prevista é12 de janeiro, no Paraguai. 

Os agricultores europeus se opõem ao acordo e milhares deles protestaram na quinta-feira em Bruxelas, coincidindo com uma cúpula de chefes de Estado e de governo. 

O FNSEA, principal sindicato agrícola da França, convocou a continuidade da mobilização, apesar do adiamento. 

Negociado por mais de 25 anos, este acordo permitiria à UE exportar mais carros, máquinas, vinhos e bebidas destiladas para Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Em troca, facilitaria a entrada na Europa de carne, açúcar, arroz, mel e soja sul-americanos, algo que preocupa os setores afetados. 

O adiamento para janeiro representa um revés para a Comissão Europeia, Alemanha e Espanha, que pressionavam por uma assinatura iminente. 

No entanto, segundo Berlim, a assinatura do acordo UE-Mercosul já está garantida.

"A questão não é mais se o acordo será assinado, mas quando", declarou o porta-voz adjunto do governo, Sebastian Hille, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira.

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