A Polícia Federal lançou, nesta sexta-feira (19), uma operação contra os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, e Carlos Jordy (PL-RJ) por suspeita de desvio de verbas parlamentares, segundo um documento judicial obtido pela AFP.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou sete mandados de busca e apreensão em endereços de Sóstenes - um importante aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - Jordy e outras cinco pessoas do círculo dos dois. Eles são investigados por um possível "desvio e posterior ocultação de verba pública", segundo nota oficial.
Os recursos correspondem ao dinheiro mensal que cada deputado recebe para despesas do exercício do mandato e, neste caso, os valores teriam sido desviados por meio de falsos contratos de aluguel de carros.
Após as buscas no Rio de Janeiro e em Brasília, a PF encontrou pelo menos 400 mil reais em espécie em um imóvel ligado a Sóstenes, disse uma fonte judicial à AFP.
Essa investigação teve início com outra operação em dezembro de 2024, pelos possíveis crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O deputado bolsonarista Carlos Jordy alegou inocência em um vídeo nas redes sociais e classificou a ação policial como "covarde".
Bolsonaro está preso desde novembro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, após ser condenado a 27 anos de prisão por uma tentativa de golpe de Estado em 2022, quando tentou impedir a posse de seu sucessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De maioria conservadora, o Congresso aprovou nesta semana o PL da Dosimetria, que favorece Bolsonaro com uma redução da pena efetiva, que poderia ficar em pouco mais de dois anos.
Lula anunciou que vetará a lei, embora o Congresso possa se opor à decisão presidencial e voltar a impulsioná-la.
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