O Banco Central do Japão elevou nesta sexta-feira (19) as taxas de juros para 0,75%, a primeira alta desde janeiro e o nível mais elevado em 30 anos.
O Banco do Japão (BoJ) decidiu, em votação unânime, aumentar a taxa básica, que estava em 0,5%, poucas horas após a divulgação do resultado da inflação de novembro, 3%, estável mas ainda muito acima da meta.
"A economia japonesa se recuperou moderadamente", escreveu a instituição nipônica em um comunicado que explica sua decisão.
"Embora ainda exista incerteza a respeito da economia dos Estados Unidos e do impacto da política comercial em cada jurisdição, ela diminuiu", acrescenta a nota.
Os rendimentos dos títulos do governo japonês aumentaram nas últimas semanas devido à preocupação com a disciplina fiscal da primeira-ministra, Sanae Takaichi, enquanto o iene sofreu uma desvalorização.
O índice de preços ao consumidor, que exclui os voláteis alimentos frescos, ficou em 3% em novembro, a mesma taxa do mês anterior, dentro das expectativas do mercado. Contudo, está bem acima da meta de 2% do BoJ.
Takaichi, a primeira mulher a governar o Japão, chegou ao poder em outubro com a promessa de conter a inflação.
O governo conseguiu nesta semana a aprovação, no Parlamento, de um orçamento suplementar de 18,3 trilhões de ienes (US$ 118 bilhões, R$ 654 bilhões) para financiar um enorme pacote de estímulo à economia.
Seu antecessor, Shigeru Ishiba, permaneceu apenas um ano no cargo após uma série de resultados eleitorais ruins, provocados em parte pela alta dos preços.
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