O novo chefe das Forças Armadas de Honduras, Héctor Valerio, disse nesta quinta-feira (18) que apoiará com "firmeza" o resultado das eleições presidenciais, cujo vencedor segue desconhecido duas semanas após a realização do pleito.
Os militares desempenham papel central no país da América Central, onde protagonizaram vários golpes de Estado, o mais recente em 2009 contra o presidente Manuel Zelaya, marido da atual presidente, Xiomara Castro (esquerda).
"Concluiremos [a missão eleitoral] garantindo com firmeza e responsabilidade o respaldo total à vontade soberana do povo", afirmou Valerio durante a cerimônia de troca de comando, realizada a cada dois anos.
A proclamação do vencedor das presidenciais depende da apuração de atas de votação com "inconsistências", em meio a denúncias de fraude feitas pelos partidos que aparecem atrás na contagem.
O processo ainda não começou porque exige a participação dos partidos políticos, e as três legendas em disputa não designaram representantes para supervisionar a contagem.
O empresário conservador Nasry Asfura, apoiado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lidera a contagem com menos de dois pontos percentuais de vantagem sobre o apresentador de televisão, também de direita, Salvador Nasralla.
Tanto Nasralla quanto Castro exigem a recontagem de todos os votos, o que Asfura rejeita. A candidata do partido da situação, Rixi Moncada, que aparece em terceiro lugar, distante dos dois primeiros, pede a anulação do processo.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) tem prazo até 30 de dezembro para anunciar o vencedor.
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