Os preços do petróleo continuaram em queda nesta segunda-feira (15), pressionados pelas conversas sobre o fim da guerra na Ucrânia e pelas perspectivas de excesso de oferta. O barril de tipo WTI foi negociado no nível mais baixo em mais de quatro anos.

Em Londres, o barril de tipo Brent para entrega em fevereiro caiu 0,92%, a US$ 60,56, o preço mais baixo desde maio. Já o de tipo West Texas Intermediate (WTI), negociado no mercado americano com vencimento em janeiro, retrocedeu 1,08%, o nível mais baixo desde fevereiro de 2021.

"A continuidade das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia contribuiu para manter a tendência de baixa no mercado", disse Bjarne Schieldrop, da Seb. 

"Um acordo assim seria, sem dúvida, frágil, mas representaria para o mercado um novo passo para o levantamento pelos Estados Unidos de uma série de sanções contra a Rússia", avaliou Lohmann Rasmussen, analista da Global Risk Management.

O setor petrolífero russo enfrenta as sanções dos Estados Unidos e ataques com drones ucranianos. Um acordo sobre o fim da guerra poderia facilitar o retorno de uma grande quantidade de barris russos ao mercado, o que representaria um fator de queda para os preços.

Paralelamente, "os temores de excesso de oferta continuam dominando as perspectivas a longo prazo", ressaltou David Morrison, da Trade Nation.

Nos últimos meses, os preços do petróleo bruto foram caindo lentamente, devido, principalmente, aos aumentos das cotas de produção da Opep+, considerados muito superiores ao avanço da demanda. 

"Um petróleo barato tem, certamente, um efeito positivo incrível sobre a economia mundial", destacou Bjarne Schieldrop, citando um "estímulo" que poderia impulsionar a demanda por petróleo bruto.

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