A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, afirmou nesta quinta-feira (11) que as tarifas sobre Brasil, China e outras nações, recentemente aprovadas pelo Congresso, não têm a intenção de "gerar conflito" com outros países, mas sim de "fortalecer a economia nacional". 

O Congresso mexicano aprovou esta semana o aumento das tarifas de importação de uma dúzia de países com os quais o México não possui acordos comerciais, liderados pela China. Analistas interpretaram a medida como um alinhamento do México com os Estados Unidos, seu maior parceiro comercial, antes da revisão do tratado de livre comércio T-MEC. 

Após a aprovação da medida pelo Congresso mexicano na noite de quarta-feira, um porta-voz do Ministério do Comércio da China declarou que Pequim espera que "o México corrija essa prática errônea de unilateralismo e protecionismo". 

Em resposta, Sheinbaum afirmou que essa medida comercial busca fortalecer a indústria mexicana e os fornecedores nacionais. 

"Nosso interesse não é gerar conflito com nenhum país do mundo; respeitamos muito a China e temos ótimas relações com ela. O motivo desses ajustes na legislação é fortalecer a economia nacional", disse a presidente em sua coletiva de imprensa matinal. 

Além da China, os países afetados incluem Brasil, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Rússia, Tailândia, Turquia e Taiwan. 

A medida modifica 1.463 classificações tarifárias nos setores automotivo, têxtil, de vestuário, plásticos, eletrodomésticos e calçados, entre outros, principalmente sobre produtos chineses. 

A proposta inicial incluía tarifas de até 50%, mas a maioria foi reduzida para cerca de 20% ou 35%, e apenas em alguns casos a taxa inicial foi mantida. Sheinbaum apresentou a proposta em setembro, em meio à crescente pressão comercial de Trump e acusações de que o México é a porta de entrada para produtos chineses nos Estados Unidos.

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