Um juiz federal ordenou, nesta quarta-feira (10), que o governo do presidente Donald Trump encerre a mobilização de soldados da Guarda Nacional em Los Angeles, meses após o início do envio de tropas a cidades dos Estados Unidos.

A decisão é o revés judicial mais recente no esforço de Trump para militarizar áreas governadas por democratas, que ele afirma -- contrariamente às evidências -- estarem mergulhadas em anarquia.

Em junho, Los Angeles tornou-se a primeira cidade a ter tropas nas ruas quando Trump, desconsiderando a liderança democrata, ordenou que 4 mil reservistas da Guarda Nacional reprimissem os protestos contra as operações de captura de imigrantes.

Líderes locais asseguram que os protestos relativamente pequenos, que afetaram apenas algumas quadras da metrópole, poderiam ter sido controlados facilmente pelas forças de segurança da cidade, do condado e do estado, e acusam Trump de se exceder de forma autoritária.

Embora a maioria tenha se retirado, ainda estão destacados em Los Angeles cerca de 100 guardas nacionais.

Em sua decisão desta quarta-feira, o juiz federal Charles Breyer, de San Francisco, disse que o controle das tropas da Guarda Nacional deve recair sobre o governador da Califórnia, Gavin Newsom.

A ordem ficou suspensa até segunda-feira para dar ao governo a oportunidade de recorrer.

Newsom, um adversário do presidente, considerado um provável candidato democrata à Casa Branca em 2028, comemorou a decisão.

"O veredicto de hoje é bastante claro: a federalização da Guarda Nacional na Califórnia é ilegal e deve terminar", declarou.

"O presidente mobilizou esses bravos homens e mulheres contra suas próprias comunidades, afastando-os de operações essenciais de segurança pública. Esperamos que todos retornem ao serviço do estado", acrescentou Newsom.

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