O Reino Unido sancionou nesta terça-feira (9) entidades que acusou de distorcer informações em favor da Rússia, bem como duas empresas chinesas por supostas atividades cibernéticas contra Londres e seus aliados.
"Vemos em toda a Europa uma escalada de ameaças híbridas, desde as físicas até as cibernéticas e a guerra de informação, desenhadas para desestabilizar nossas democracias, enfraquecer a infraestrutura nacional e prejudicar nossos interesses", apontou o Ministério das Relações Exteriores britânico em um documento político.
O relatório do ministério detalha as novas sanções. Entre os atingidos está o veículo russo Rybar, "cujo canal no Telegram e cuja rede de afiliados em 28 idiomas alcançam milhões de pessoas", destacou a chefe da diplomacia britânica, Yvette Cooper.
O veículo usa "táticas clássicas de manipulação do Kremlin, incluindo 'investigações' falsas e conteúdo gerado por inteligência artificial, para moldar em favor do Kremlin narrativas sobre eventos globais", apontou Yvette.
"Disfarçado de entidade independente", o Rybar é parcialmente financiado pela Presidência russa, recebe fundos de empresas estatais e trabalhou com a inteligência russa, acrescentou.
Também foi sancionada a Fundação Pravfond, acusada de servir de fachada para a agência de inteligência russa GRU.
"Relatórios vazados sugerem que a Pravfond financia a promoção de narrativas do Kremlin para audiências ocidentais, bem como a defesa legal de assassinos condenados e traficantes de armas russos", disse a secretária britânica.
Londres também sancionou as entidades chinesas "i-Soon e Integrity Technology Group, por suas atividades cibernéticas amplas e indiscriminadas contra o Reino Unido e seus aliados", informou Yvette.
"Ataques como esses impactam a segurança coletiva e nossos serviços públicos, mas os responsáveis operam com pouca consideração por quem ou o que atacam", destacou a secretária. "Por isso, estamos garantindo que essas atividades imprudentes não fiquem sem controle."
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