A segunda fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza não pode começar enquanto Israel continuar com suas "violações" do cessar-fogo com o Hamas, que entrou em vigor em 10 de outubro, declarou nesta terça-feira (9) um representante do movimento islamista palestino. 

A segunda fase do cessar-fogo "não pode começar" enquanto Israel "continuar violando o acordo e não cumprir seus compromissos", disse Hosam Badran, membro do comitê político do Hamas, à AFP. 

Segundo Badran, Israel não respeita o acordo porque, de acordo com o texto, deveria ter reaberto a passagem de Rafah com o Egito ou aumentado o volume de ajuda humanitária que entra na Faixa de Gaza a partir de seu território, o que não fez. 

O responsável acrescentou que o movimento pediu aos países mediadores que "pressionem" Israel a cumprir as estipulações da primeira fase do pacto, negociada sob os auspícios dos Estados Unidos.

A trégua permanece muito frágil. Ambos os lados se acusam de violá-la quase diariamente. 

O governo israelense argumenta que a segunda fase do cessar-fogo não pode começar até que o Hamas entregue os restos mortais do último refém israelense na Faixa de Gaza, sequestrado durante o ataque dos islamistas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.

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