Mais de 11 milhões de pessoas visitaram a Catedral de Notre-Dame em Paris no primeiro ano desde sua reabertura após o devastador incêndio de 2019, indicaram seus responsáveis.
A catedral reabriu suas portas em 7 de dezembro de 2024, após mais de cinco anos de obras, em uma cerimônia com a presença de chefes de Estado como o francês Emmanuel Macron e o americano Donald Trump.
Um ano depois, "recebeu mais de 11 milhões de visitantes de todo o mundo", destacam seus responsáveis.
Maria Vega, uma turista colombiana de 22 anos, não concebia uma viagem a Paris sem visitar esta joia da arte gótica, construída há mais de 860 anos. "É muito importante para mim, já que recentemente retomei meu compromisso com a Igreja", explica a jovem, que se maravilha com uma restauração "muito precisa": "A beleza e a simplicidade são impactantes".
Os visitantes podem entrar com ou sem reserva, e sempre de forma gratuita. A ministra da Cultura, Rachida Dati, chegou a propor que fossem cobrados 5 euros (cerca de 31 reais) por ingresso, mas a Diocese de Paris rejeitou.
Porém, diante do fluxo de visitantes, seus responsáveis consideram "regulamentar" as entradas, particularmente durante os ofícios, dependendo do número de presentes. "É importante receber bem, que seja agradável para todos virem, para rezar e visitar, em um ambiente tranquilo", explicam.
Notre-Dame também se tornou um lugar de peregrinação, um fenômeno em ascensão. Os peregrinos, um terço deles estrangeiros, vêm pela Virgem, mas também pela coroa de espinhos, uma relíquia adquirida por São Luís em 1238.
No entanto, a restauração ainda não terminou. Os vitrais contemporâneos da artista Claire Tabouret devem ser instalados no final de 2026 para substituir seis dos sete do arquiteto Eugène Viollet-le-Duc.
A restauração completa ainda necessita de 140 milhões de euros (867 milhões de reais) em doações, indicou na quinta-feira o estabelecimento encarregado da restauração, apesar de já terem sido arrecadados mais de 840 milhões de euros (5,2 bilhões de reais).
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