O escritor James Patterson, que prepara o lançamento de uma nova biografia sobre a vida e a morte de Marilyn Monroe, declarou acreditar que a estrela de Hollywood não morreu por suicídio. A diva do cinema, segundo o autor, foi assassinada. Em entrevista ao The Hollywood Reporter, o autor afirmou que a atriz estava “caminhando em águas muito perigosas” antes de morrer, em 1962.
Segundo Patterson, Marilyn tinha acesso a informações sensíveis por causa de seus relacionamentos com figuras poderosas. “Ela tinha relacionamentos incríveis com o presidente Kennedy, com Robert Kennedy [procurador-geral dos Estados Unidos de 1961 até 1964], com Frank Sinatra [cantor e ator] e com figuras da máfia. Eles lhe contavam coisas e ela anotava tudo. Ela tinha informações que eram, de certa forma, perigosas”, disse.
A revelação faz parte de “The Last Days of Marilyn Monroe” (Os últimos dias de Marilyn Monroe, em tradução livre), livro em que Patterson e a coautora Imogen Edwards-Jones revisitam documentos, depoimentos e teorias envolvendo a morte da artista.
Marilyn Monroe morreu em 5 de agosto de 1962 aos 36 anos. As autoridades concluíram que ela provavelmente cometeu suicídio por overdose de barbitúricos, medicamentos sedativos. Mas, mais de 60 anos depois, teorias sobre assassinato — especialmente envolvendo os irmãos Kennedy — permanecem vivas.
Leia Mais
A própria Monroe falou sobre a forma como morreu, oito anos antes, em 1954. “Eu era o tipo de garota que encontrariam morta em um quarto com um frasco vazio de comprimidos para dormir na mão”, disse em uma entrevista, resgatada por Patterson.
Nas semanas anteriores à sua morte, Marilyn enfrentava problemas de saúde, depressão, dependência de remédios e conflitos profissionais. Ela também estava cercada por rumores sobre seus supostos casos com John F. Kennedy (Presidente dos Estados Unidos de 1961 a 1963, quando foi assassinado) e Robert Kennedy.
Divergências sobre a cena da morte
Para Patterson, há inconsistências importantes nos registros oficiais. Uma delas veio do primeiro policial a chegar à casa da atriz. Ele afirmou que aquela era “a cena de morte mais obviamente forjada” que havia visto.
O autor conta que o policial relatou que o corpo de Marilyn estava posicionado de forma incomum e que os frascos de comprimidos pareciam ter sido arrumados deliberadamente. A governanta— que encontrou o corpo — também alimentou suspeitas anos depois.
Em entrevista à BBC, segundo Patterson, a mulher teria dito a frase enigmática: “Por que eu tenho que continuar acobertando isso?”, antes de admitir que Robert Kennedy visitou Marilyn no dia da morte.
A autópsia também é citada como parte do mistério. Ela não foi conduzida pelo médico legista chefe, e o responsável mais tarde admitiu não ter feito todos os exames necessários. Relatos posteriores sugerem até que a atriz poderia ter recebido um enema com hidrato de cloral (composto químico com propriedades sedativas e hipnóticas), combinação que teria sido fatal quando misturada ao Nembutal (anestésico e sedativo).
Nos anos 1980, o Ministério Público de Los Angeles revisou o caso, mas concluiu que não havia evidências confiáveis de assassinato. Para que a teoria fosse verdadeira, afirmaram, seria necessária “uma conspiração maciça e premeditada” envolvendo médicos, polícia e autoridades.
Mesmo assim, o mistério persiste — e é justamente nele que Patterson mergulha em seu novo livro.
“O que mais me chama atenção”, disse ele ao The Hollywood Reporter, “é que muita gente sabe um pouco sobre ela, mas não sabe muito. Você se surpreenderia com o que ainda pode ser descoberto”.
Brigas, ameaças e fitas desaparecidas
O livro resgata depoimentos de pessoas próximas à atriz, incluindo um ex-detetive, que afirmava ter sido contratado para instalar escutas na casa de Marilyn. Segundo ele, as gravações — que desapareceram — mostravam uma briga violenta entre Marilyn e Robert Kennedy no dia da morte.
O investigador dizia que Monroe exigia explicações sobre promessas não cumpridas e ameaçava revelar segredos políticos. O procurador-geral teria exigido que ela devolvesse um “caderninho vermelho” onde supostamente registrava conversas com ambos os irmãos Kennedy.
Outro relato vem do cabeleireiro e amigo Sidney Guilaroff, que afirmou ter conversado com Marilyn poucas horas antes de sua morte. Ele disse que ela estava em pânico. “Bobby Kennedy esteve aqui e me ameaçou… gritou comigo e me empurrou”, teria dito a diva de Hollywood.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
O cantor Frank Sinatra, segundo seu ex-empresário Tony Oppedisano, também acreditava que Marilyn havia sido assassinada.
